Política

Waldir Pires dispara contra intenção de João Henrique

Imagem Waldir Pires dispara contra intenção de João Henrique
Para ex-ministro, se o prefeito enviar a reforma administrativa está traindo o povo   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/12/2012, às 08h58   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



A estratégia do prefeito João Henrique (PP) para votação das contas está montada, mas poucos se arriscam a revelar em público qual o plano. Corre que as contas de 2009, 2010 e, provavelmente, as de 2011, serão votadas no dias 26 de dezembro. Entre as festas de Natal e réveillon o impacto deve ser mínimo.

Neste meio tempo, para cumprir um “acordo de cavaleiros” firmado com o prefeito eleito ACM Neto, João Henrique mobiliza os vereadores governistas para colocar na pauta o projeto de reforma administrativa proposto por seu sucessor. Para aprová-la será preciso quórum e voto de 28 edis.

A proposta de Neto foi rechaçada pelos vereadores de oposição, tanto os eleitos quanto os que não conseguiram manter a cadeira. Na manhã desta sexta-feira (7), enquanto divulgavam a carta aberta à população de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), Marta Rodrigues (PT) e Gilmar Santiago (PT) dispararam: “não votamos nada antes das contas”.

João Henrique tem força para aprovar mesmo sem a presença da oposição, mas pode sair do Palácio Thomé de Souza ainda mais desgastado. Os vereadores eleitos Waldir Pires (PT), Suica (PT) e Fabíola Mansur (PSB) bateram forte.

O ex-ministro da Defesa, Waldir Pires foi o mais incisivo. “João Henrique tem legitimidade para enviar à Câmara projetos do seu governo, nada mais. É ilegítimo. A atual formatação da Câmara também não tem esta legitimidade. Houve uma renovação de 53%. Pior. Se o atual prefeito enviar com o argumento de que este é um modelo melhor, ele estará atestando que não tem competência. Então, ele traiu o povo. A democracia é para ser séria. Se não, não é democracia”.

Já José Trindade (PSL) tem um entendimento diferente. O vereador eleito acredita que Neto pode sugerir a João Henrique o modelo mais adequado. “É legítimo. Outra coisa. Se não aprovar agora ele vai passar o primeiro ano neste formato e poderá argumentar que deixou de fazer algo por não ter condições diante da atual configuração”.


Nota postada originalmente às 17h do dia 7

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