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Mudanças no horizonte de Wagner

Imagem Mudanças no horizonte de Wagner
Afonso Florence é especulado no primeiro escalão de governo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/01/2013, às 06h51   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)




O governo do estado não estava diretamente em disputa na eleição passada, sendo assim, a expectativa era de que o ano de 2013 fosse de continuidade nos projetos e ações. Contudo, para quem acompanha o dia a dia da política baiana não soa como novidade as costuras em curso na base de sustentação do governador Jaques Wagner (PT).

Uma reforma administrativa está em plena discussão na gestão petista. Realinhar os interesses dos aliados e a consolidação da “marca” de governo é o desafio. Neste sentido, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo destaca duas coisas: a primeira é conceitual, que vem após análise da resposta das urnas em 2012. Já a segunda, é a de definição de perfis para cumprir as demandas estabelecidas.

“O partido está satisfeito com o diálogo que tem tido com o governador Jaques Wagner. Os ajustes que precisam ser feitos estão sendo discutidos, mas quem fala de nome é o governador”.

O presidente foi questionado sobre as recentes especulações em torno da volta do deputado federal Afonso Florence para gestão estadual, mas preferiu não se pronunciar a respeito dos “chutes”.

Florence foi secretário de Desenvolvimento Urbano. Eleito para Congresso Nacional com mais de 143 mil votos em 2010, nem esquentou a cadeira do parlamento seguindo para o ministério do Desenvolvimento Agrário. Em março de 2012 deixou o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff e se dedicou ao cargo para o qual foi eleito.

Florence pode retornar a administração estadual para assumir os projetos da “menina dos olhos” de governo Wagner. A secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) será uma das mais importantes responsáveis pelo projeto de consolidação do projeto na Bahia, pois nela estão concentrados os principais programas sociais, assinatura da gestão petista implementada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A chegada do deputado abriria a porta para o histórico correligionário Emiliano José retornar à Câmara. A despeito do prestígio e reconhecimento que tem dentro do partido, o jornalista não foi eleito diretamente e, na suplência, depende da relocação para exercer o mandato.

Para além, Wagner e seus aliados ainda terão que encontrar lugar ou “camisas” que caibam em outros quadros com reconhecidos serviços prestados ao partido e à base. Casos de Moema Gramacho e Luiz Caetano. Olívia Santana (PCdoB), também aguarda seu lugar “ao sol”.

O líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, José Neto também pode ir para o Executivo estadual. Candidato derrotado nas eleições municipais de Feira de Santana, Zé Neto, ficou desgastado após as greves do ano passado, da Polícia Militar e dos professores, o que prejudicou o desempenho na disputa pela prefeitura da “Princesa do Sertão”.

Neto pode assumir a Secretaria de Relações Institucionais (Serin). Cézar Lisboa, atual comandante teria afirmado a interlocutores que cumpriu com seus objetivos e precisa mudar o foco de atuação. O desgaste também corrobora para que o atual secretário deixe este front para encarar outros desafios.

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Postada às 14h16 do dia 07 de janeiro

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