Publicado em 08/01/2013, às 17h42 Alessandro Isabel (twitter: @alesandroisabel)
O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Paulo Câmara (PSDB), trabalha para reverter a imagem negativa dos vereadores diante da opinião pública soteropolitana.
Com o Legislativo renovado – dos 43 eleitos, 24 atuam pela primeira vez - o tucano já colocou em prática o seu modelo de atuação e o "choque de gestão" teve início após a confirmação de seu nome para a administração da Casa para o biênio 2013-2014.
“A primeira medida foi apresentar o projeto para acabar com o voto secreto. Ele (projeto) representa o anseio da população que quer saber como o seu candidato votou. É uma bandeira que vou lutar para ser aprovada, pois acredito que os políticos não devem se esconder atrás de um voto. Ele tem que ter transparência”, afirmou ao radialista Zé Eduardo, na Rádio Sociedade da Bahia na manhã desta terça-feira (08).
Câmara também cria expectativa para poder gerir o Legislativo com 55% de novos componentes. Para ele, “uma das nossas metas é a gestão voltada para a melhoria da Casa e melhoria dos servidores. A renovação é prova de que a população não aprovou a administração passada. As pessoas esperam que os vereadores fiscalizem e apresentem resultados, assim será pautada a nossa administração. Temos que debater temas importantes e aproximar a Câmara da comunidade”.
Aliado do prefeito ACM Neto (DEM), o tucano garante que a relação entre as siglas não irá tirar a seriedade de seu trabalho. “O Legislativo tem que ser um parceiro do Executivo municipal, mas isso não significa que não haverá fiscalização. Já tive a primeira conversa com o prefeito. Tenho uma expectativa muito grande em relação a sua administração, mas o legislativo vai se posicionar”, garante Paulo Câmara que promete debater todos os projetos antes de ser, ou não, aprovado. “Não adianta enviar um projeto na segunda-feira para ser votado na quarta. Vamos estudar bastante, discutir amplamente antes de alguma decisão”.
Câmara também confirmou que as indicações feitas por vereadores para receber títulos de cidadão soteropolitano serão restringidas. “Acabou a farra. Cada um (vereador) poderá indicar quatro nomes por legislatura e se ele quiser indicar os quatro no primeiro ano pode fazer, se quiser um por ano também contanto que só ofereça quatro nomes nos quatro anos que estiver na Casa”.
Sobre o anúncio de contingenciamento de 25% do orçamento municipal feito por Neto, ele também pretende fazer os cortes necessários. “Estamos nos ajustando ao novo modelo para reajustar a realidade. O dinheiro da Câmara tem que ser bem gasto e todos os contratos serão revistos. R$ 6,5 milhões é o valor que gastamos por mês com o quadro de funcionários e vamos rever tudo isso”. O orçamento da CMS tem previsão de R$ 120 milhões para 2013.
Matéria originalmente publicada às 09h25 do dia 08/01.
