Política

Cardoso dispara contra campanha “governista” de Quitéria

Imagem Cardoso dispara contra campanha “governista” de Quitéria
Para candidato derrotado, entidade está aparelhada   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/01/2013, às 20h17   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), derrotado na eleição para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), por Maria Quitéria (PSB), Cardeal da Silva, na última quarta-feira (23), está inconformado com o “modus operandi” da chapa vitoriosa.

“Não é admissível, por exemplo, a presença de representantes da Desembahia na sede da UPB. Me disseram que determinados prefeitos chegaram a ser assediados no sentido de que receberam a informação que recursos seriam liberados mediante apoio a Quitéria”.

A expectativa de Cardoso era de ter 202 votos, teve 141, 66 a menos que os 207 que elegeram Quitéria. Segundo ele, não se trata de adotar um discurso de derrotado. “é lamentável que a máquina do governo tenha funcionado desta forma. A própria sede da UPB serviu de comitê para ela. A conta de telefone da UPB no mês que vem será algo inimaginável e os prefeitos que vão pagar”.

Outro aspecto, ainda sobre a campanha, destacado por Cardoso é o que pode ser constatado logo após o anúncio do resultado. “Caetano trabalhou para se viabilizar enquanto candidato ao governo. Marcelo Nilo (presidente da Assembleia) também é. Só posso entender que haja um acordo em curso”.

O prefeito de Andaraí acredita que a UPB será transformada em ponto de apoio ao governo para contribuir com o processo de sucessão em 2014. Para ele, a partidarização da entidade é inevitável no atual cenário. “Resta a nós, que pensamos numa UPB combativa, fiscalizarmos todas as ações da administração”.

Além de agradecer aos “141 valentes prefeitos” que votaram nele, Cardoso elogiou a senadora e presidente do PSB, Lídice da Mata, e o governador Jaques Wagner por se manterem isentos na disputa. Contudo, ato contínuo, disparou; “infelizmente, alguns secretários desobedeceram a ordem do governador, mas aí, é um problema dele com os comandados dele”.

Entre as fragilidades da próxima gestão da entidade, Cardoso aponta a relação direta com a administração estadual. “Eu seria um presidente combativo. Sem medo de enfrentar as lutas em nome dos prefeitos. Muitos do que votaram por acreditarem do discurso dela não vão demorar a perceber que nada será feito”.

Cardoso exemplifica com o caso ocorrido entre os meses de março e abril de 2012. Na oportunidade, cinco municípios – Andaraí, Ibiquera, Nova Redenção, Itaitê e Abaíra – conseguiram uma audiência com ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O pernambucano garantiu repasse de R$ 200 mil para cada um. O dinheiro foi encaminhado diretamente para as prefeituras que prestavam contas.

“Ao perceber a ação, o governo interveio e costurou para que os recursos fossem enviados para a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Com isso, burocratizaram todo o processo, além de priorizar os “mais chegados” na hora do repasse. Se esquecem que estamos lidando com pessoas que precisam comer”.

Na cidade que administra, Cardoso afirma que o governo deixou de cumprir outro acordo. “Temos um convênio assinado em 2010 com prazo de conclusão de seis meses. Até agora foram sete aditivos prorrogando o repasse e ainda não terminou”.

Postada às 11h55 do dia 24/01.

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