Política

Ministra quer ampliar sistema de cotas

Imagem Ministra quer ampliar sistema de cotas
Nova ministra da Promoção da Igualdade chega causando polêmica  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/01/2011, às 16h56   Redação Boção News e Folha de São Paulo




Mal tomou posse e a gaúcha erradicada na Bahia, e agora ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, já compra uma briga com setores da administração pública contrários às cotas.

Em discurso Bairros, que foi secretária da Promoção da Igualdade do governo Jaques Wagner, defendeu a adoção de cotas para negros no concurso para o Instituto Rio Branco, através do qual são nomeados os diplomatas brasileiros.

De acordo com a gaúcha, políticas como esta poderiam ser ampliadas a diversos órgão públicos. Na cerimônia a nova ministra afirmou, que “este ano, vamos provocar cada ministério a apresentar uma ação de impacto, emblemática. Podemos ver com os demais ministérios como isso se organiza", disse Bairros.

O ex-secretária da Bahia conta com o total apoio do ex-ministro Eloi Ferreira de Araújo que não poupou elogios à atual e ainda defendeu a medida ao se despedir do cargo. Araújo listou os desafios que a pasta tem, segundo sua avaliação, para os próximos anos. Um deles é, justamente, regulamentar o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado em meio à forte polêmica no ano passado. O estatuto inscreveu na lei, entre outros pontos, a possibilidade de os Estados adotarem ações afirmativas.

Segundo Araújo, a decisão do Ministério das Relações Exteriores é o primeiro resultado da lei, e a regulamentação de outros pontos do texto conta com apoio da presidente Dilma Rousseff.

Bairros acredita que as cotas são um relevante instrumento de promoção das ações afirmativas. "Nas discussões no Supremo Tribunal Federal, era possível perceber que as posições contrárias às cotas são minoritárias e não são embasadas na realidade histórica." Em sua avaliação, porém, é melhor trabalhar com incentivos e evitar a imposição das cotas.

Com informações da Folha de São Paulo]

Itamaraty

Saiba como vai funcionar o sistema de cotas para ser um diplomata.

A partir do ano que vem o concurso de ingresso na carreira diplomática, do Instituto Rio Branco, terá cotas para negros.

Segundo o Itamaraty, a reserva de vagas vai valer apenas na primeira fase das provas.

Geralmente, cerca de 300 candidatos atingem a nota de corte para avançar na seleção. Serão criadas 30 vagas extras para afrodescendentes que irão avançar para a segunda etapa. A partir daí, todos concorrem nas mesmas condições, sem mais reservas para negros.

O concurso do Instituto Rio Branco deve começar em março, com a primeira etapa de oito provas objetivas. O ministério espera 10 mil inscritos, que irão disputar 26 vagas.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, já assinou a portaria que prevê a reserva de vagas para afrodescendentes na primeira fase da disputa para o Rio Branco. O texto deve sair amanhã no "Diário Oficial da União".

Uma nova versão do edital será publicada com os detalhes das novas normas do concurso, entre elas que devem ser criadas 10% de vagas extras para a segunda etapa.

O Itamaraty já oferece bolsas de estudos para afrodescendentes que queiram estudar para o concurso. São 66 bolsistas que recebem R$ 25 mil por ano para pagar um curso preparatório, comprar livros e custear despesas pessoais sem precisar trabalha

As informações são da Folha de São Paulo

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