Política

Metrô pode provocar a primeira “crise” na relação entre Neto e Wagner

Imagem Metrô pode provocar a primeira “crise” na relação entre Neto e Wagner
Governador pede “boa vontade” à prefeitura de Salvador para destravar pauta de sistema metroviário  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/02/2013, às 08h34   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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A população de Salvador está desencantada quando o assunto é metrô. No início da gestão do prefeito ACM Neto (DEM) houve indicativo de que os problemas seriam resolvidos e que haveria convergência entre a gestão municipal e o governo estadual. Contudo, declarações dadas por Jaques Wagner na manhã desta terça-feira (15) deixaram dúvidas sobre a fluidez na mesa de negociação.

O governador não entrou em pormenores, mas deixou claro que ainda existem entraves preocupantes nesta construção de consenso. “Não posso arcar com todos os problemas que foram gerados dentro da prefeitura. Eu já dou uma grande contribuição ao trazer o metrô, completar o metrô e botar em funcionamento. Os investimentos previstos, entre privado e público, ultrapassam os R$ 3 bilhões”.

Mas o problema maior não parece ser de natureza econômica. A nuvem paira sobre a forma com a qual da prefeitura terá que passar às mãos do estado o “abacaxi”. “A prefeitura não pode querer resolver todos os problemas que não é da responsabilidade direta deste prefeito, nem é do anterior, porque o metrô começou errado lá atrás. Um projeto que, na minha opinião, não foi bem pensado e depois foi sofrendo modificações. É preciso que haja reciprocidade”.

Para concluir, mais dúvidas no que tange à declaração de Wagner. “É preciso boa vontade do lado de lá (prefeitura). Se não houver boa vontade, Salvador pode sofrer por não ter resolução para o problema. Nossa equipe está a postos, mas é preciso ter equilíbrio na negociação”.

O clima de harmonia regido pelo republicanismo mútuo entre ACM Neto e Jaques Wagner parece ter o seu primeiro ponto de conflito: o metrô. A maneira a ser encontrada para destravar esta pauta pode determinar como as duas administrações vão direcionar os rumos e pode provocar a primeira fissura numa relação potencialmente divergente e antagônica.


Postada às 15h18 do dia 15 de fevereiro

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