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CPI vai investigar dois casos de tráfico de pessoas

Imagem CPI vai investigar dois casos de tráfico de pessoas
Nesta quinta-feira CPI ouviu empresária acusada de adoção irregular  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/02/2013, às 10h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), do Senado Federal que investiga o tráfico de pessoas, se reuniu nesta quinta (21), na sede do Ministério Público da Bahia, no Centro Administrativo e discutiram sobre os procedimentos e ações legais sobre as adoções irregulares em Monte Santo, na Bahia.

Pela manhã a CPI ouviu o depoimento de Carmen Topschall, empresária investigada pelo envolvimento nas adoções irregulares registradas na cidade de Monte Santo. “Nós estamos fazendo o levantamento dos indícios de que ela cometeu o crime”, revelou Patrícia Fernandes, da comarca de Monte Santo. Segundo a relatora, além da empresária, todos os envolvidos serão investigados e, se comprovado o envolvimento, serão punidos.

À tarde antes de ouvir os depoimentos de Denílson Costa Pereira Reis, o China e Elizânia dos Santos Evangelista Reis, a Neguinha, acusados de integrarem a quadrilha que mandava jovens baianas para se prostituírem na Espanha, os parlamentares reuniram-se com o Secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena.

A pauta do encontro girou em torno das ações de prevenção e combate ao crime de tráfico humanos, promovendo o estreitamento dos laços institucionais entre a CPI e o Governo do Estado da Bahia, através da SJCDH.

No encontro de hoje, a decisão foi tomada entre parlamentares e Promotor Ariomar José da Silva, Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (GAECO), do Ministério Público e de Ricardo Soares, Superintendente de Apoio aos Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

Segundo o deputado Arnaldo Jordy, Presidente da CPI, é importante que as pessoas sejam informadas sobre como agem as quadrilhas de aliciadores e traficantes. “Nós precisamos fechar o cerco para que essa prática criminosa para de acontecer em nosso país”, afirmou Jordy.

Impunidade

Segundo os integrantes da CPI, além de dinheiro, os criminosos oferecem aos pais das crianças uma vida melhor para os filhos e se aproveitam de qualquer fraqueza ou problema da família para ameaçar. “As pessoas acham que não serão punidas. Nós devemos continuar com todas as campanhas e ações até que esse tipo de crime seja extinto”, afirmou Monia Lopes Ghignone, da promotoria de Justiça de Euclides da Cunha.

Nota originalmente postada às 19h do dia 21


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