Política

Ana Rita reivindica Frente, mas não quer polemizar com Marcell

Roberto Viana
Vereadora do PV diz que foi a primeira a criar o grupo em defesa dos animais na Câmara de Salvador  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 06/03/2013, às 08h16   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O bate-cabeça do PV de Salvador dentro da Câmara de Vereadores continua a todo vapor. A parlamentar Ana Rita Tavares, que assim como Marcell Moraes também defende a causa da proteção dos animais, reivindicou em entrevista ao Bocão News na tarde desta terça-feira (5) ser a verdadeira criadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, mas preferiu não atacar o correligionário e piorar uma relação que já anda bastante desgastada. 
Cautelosa, Ana Rita evitou falar sobre o companheiro verde na entrevista, mas disse que a ideia de criar em Salvador a Frente veio orientada pela bancada dos deputados federais em Brasília. Ela indica que no mês passado fez uma visita à Câmara na capital e foi recebida pelo presidente da frente federal, deputado Ricardo Izar (PSD/SP), além da companhia de parlamentares de Sergipe. No encontro, prometeu fortalecer em Salvador o trabalho de Brasília e voltou decidida a instituir o grupo na Câmara Municipal.
Ana Rita Tavares alega que imediatamente ao voltar apresentou a proposta à Mesa Diretora e pouco depois conseguiu as 14 assinaturas de colegas que regimentalmente davam chancela à iniciativa. “Muitos vereadores quiseram dar o apoio, mas o número de 14 assinaturas já tinha sido alcançado. Mas, agora, qualquer um pode fazer a adesão posterior”, explicou. Somente depois deste processo, ela alega, Marcell Moraes entrou com seu requerimento. Ela alega não saber se o colega tinha ou não condições de ignorar a informação de que havia um movimento de criação do grupo.
A vereadora assegura, também com base no regimento interno da Casa, que quando há conflito de requerimentos coincidentes, prevalece o que chegou à Mesa primeiro. Assim, acredita que a Frente Parlamentar criada por ela deverá ser a oficial da Câmara de Vereadores. Quanto à frente do colega de partido, ela desconversa. “Ele é livre para aderir, assim como todos os colegas. É uma frente suprapartidária que tem como primeiro objetivo a defesa à vida”.
Para a parlamentar, a vantagem do interesse demonstrado pelos vereadores é fazer com que representantes de “colorações diferentes” tenham a consciência de que o trabalho em prol da vida está acima das querelas políticas. Questionada se os vereadores de mesma cor (verde) na Câmara é que têm dificuldade de se entender, a vereadora disse que “a questão é bem outra”. “Olha, eu sigo a minha linha. Eu fui eleita com 10.039 votos de pessoas conscientes que votaram em mim pelos meus 10 anos de trabalho na causa. Eu cumpro a minha própria trajetória e cada um que cumpra a sua.”

Nota publicada às 16h02 do dia 05/03

Classificação Indicativa: Livre

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