Política

Saia Justa: quando é erro a culpa é do adversário

Imagem Saia Justa: quando é erro a culpa é do adversário
Cesar Maia aponta equívoco de Cabral em derrota no Congresso Nacional  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/03/2013, às 16h39   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



Os vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) no projeto de distribuição dos royalties ruíram quando votados pelos parlamentares no Congresso Nacional na última quarta-feira (6). Os congressistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santos buscam no Supremo Tribunal Federal (STF) a intervenção nas atividades do Legislativo para reverter a decisão. Em outros momentos parecia indigesta tal medida.

A interferência de um Poder da República em outro é sempre criticada pelos prejudicados, mas não neste caso, para aqueles a quem interessa a ação. Mais interessante que isso é destacar as vozes da oposição ao governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB). De acordo com o grupo liderado por Cesar Maia (DEM) faltou ao peemedebista “força política” para evitar a derrota.

Para além, o democrata afirma que o governador daquele estado cometeu erros, como “negociar diretamente com Lula, na saída e dizer que o Congresso não decidia nada”. De quebra, o adversário joga o comandante do Poder Executivo local contra o Legislativo nacional. A medida, demonstra como são contadas derrotas e vitórias e a exploração do que pode ser visto como “jogar para a platéia”.

Ávidos por imputar a outros as responsabilidades do que é negativo e colher os “louros” do positivo agentes públicos exercitam o proselitismo cotidiano. Por aqui, quando Dilma vetou pontos do projeto, dedicaram horas de pronunciamento à relação inócua de Jaques Wagner com a presidente do país. À época vociferavam os opositores, “como é que o governador, que se diz amigo de Dilma e Lula, não consegue influenciar nesta questão tão importante para a Bahia”.

O tempo passou e o Congresso Nacional derrubou os vetos. A bancada baiana com seus 39 deputados federais e três senadores contribuiu para isso. No grupo, a maioria é aliada de Wagner. Nenhum crédito deve ser dedicado ao governar. Não houve menção ou orientação. Tudo certo. Até porque, quando é negativo deve ser reverberado, quando positivo propagado por meio de anúncio.

Enfim, certo é que se os vetos permanecessem, na conta de Wagner pingaria, sem dúvida alguma, a responsabilidade. Quando acerta é obrigação. Isso é fato. Que seja então.

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