Política

Gabrielli nega que tenha se articulado com Lula sobre 2014

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Em exclusiva, secretário de Planejamento fala ainda sobre Lídice, ACM Neto e Geddel. Veja  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/03/2013, às 09h08   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Com a iminência do PT em escolher um nome para a disputa de 2014, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e secretário de Planejamento, concedeu entrevista exclusiva ao jornal A Tarde. Em conversa com o jornalista Biaggio Talento, o secretário nega que haja antecipação da campanha de 2014 e não reconhece que a direção estadual já iniciou o processo de escolha de nomes.

“Não entendo dessa maneira (que está havendo antecipação da campanha). O PT tem discutido uma candidatura para governador. O PT vai discutir a indicação do sucessor (com os seus aliados) primeiro pelo fato de as administrações do governador Jaques Wagner serem governos de sucesso. Criaram grandes transformações, tanto no âmbito democrático, como nos serviços sociais, ampliação da infraestrutura e na definição de caminhos de aprofundar a mudança com a inclusão social no Estado”. (...)

Ao ser questionado se quando deixou a direção da Petrobras e entrou para o governo Wagner, tinha a intenção de ser governador, ele nega. “Não tinha intenção. Não estou vindo para cá num projeto pessoal. Estou num projeto coletivo. Quando fui para a Petrobras, fui num projeto de construção de uma nova concepção de empresa e de Estado. Voltando para cá, estou engajado num time que estava jogando para continuar um projeto que está transformando a Bahia. Meu projeto é coletivo. Se eu vou ser candidato ou não, é o PT que vai decidir. Meu nome está colocado entre os quatro, mas não é uma decisão que compete a mim”, disse. 
No entanto, houve indícios de que o secretário teria se articulado com o ex-presidente Lula, mas, novamente, ele não confirma a informação. “Que conversa com Lula? A imprensa criou esse negócio... Eu disse que iria, como eu fui, para a comemoração dos 33 anos do PT e encontrei com ele. Mas as conversas que tenho com ele não são necessariamente públicas”, diz.

ACM Neto

Ainda durante a entrevista, o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, arriscou falar de outros nomes em destaque para o tabuleiro de 2014. Ainda que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), nunca tenha dito nada sobre o assunto, Gabrielli lançou a sua opinião.

“Não sei. Acho que o prefeito ACM Neto está, corretamente, se dedicando a uma ação administrativa para enfrentar os grandes problemas de Salvador. Temos inclusive trabalhado juntos com a prefeitura, na questão da ponte Salvador-Itaparica, do metrô, estamos agora fechando uma cooperação técnica com a prefeitura para treinamento em sistemas de contratos e convênios, então há uma colaboração técnica clara entre governo do Estado e prefeitura. Nesse momento ele está demonstrando estar muito preocupado com a administração da cidade, o que eu acho que é uma tarefa gigantesca que tem nas mãos.

Eduardos Campos e Geddel Vieira Lima

Já sobre uma eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o secretário falou com mais segurança e admitiu que isso teria reflexos na eleição da Bahia. “Sem dúvida nenhuma, afeta. Primeiro, o PSB é um parceiro histórico do governo. Eu disputei uma eleição de governador em 1990 e Lídice também, contra Antonio Carlos Magalhães. Já tivemos momentos de disputa, mas na maior parte do tempo somos parceiros somos parceiros. Não se obrigaria ela (Lídice) a ser candidata a governador, mas afeta a posição do PSB estadual e isso pode criar alguma perturbação do quadro político estadual. Por outro lado, a posição do PSD, se resolver apoiar Eduardo Campos, pode alterar o posicionamento do vice-governador Otto Alencar. Por isso digo que quadro nacional tem muitas variáveis, ainda”, acredita.

E a candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima ao governo, o qual o partido é, O PMDB, é aliado do PT e adversário do Estado, ele logo avisa que não é contra o político. “Não sou adversário dele. Ele provavelmente é adversário do governo. O que eu vi na propaganda de TV do PMDB é um discurso vazio, de criar falsas ilusões de que é possível ter alguma coisa melhor que o governador Wagner está fazendo. Mas não diz o que, não propõe nada. Esse tipo de discurso, para mim, não tem efeito. O fato de haver essa contradição (de ele apoiar o governo federal e ser oposição na Bahia) é problema dele. Se ele quiser vir apoiar, é bem-vindo”, garante.

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