Política

Sérgio Brito critica esvaziamento do DNCOS na Bahia

Imagem Sérgio Brito critica esvaziamento do DNCOS na Bahia
Deputado federal esteve com o ministro da Integração nesta quarta-feira  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/03/2013, às 20h31   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)




A seca que assola a Bahia compromete as atividades econômicas, mata o gado de sede, inviabiliza a capacidade de investimento dos produtores e em alguns municípios baianos o estado de calamidade é tanto a ponto de haver restrição até mesmo ao consumo humano. Como se não bastasse esta crise, o Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (Dnocs) está em condições precárias.

Atende de forma limitadíssima. Indignado com a situação, o deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA) fez uso da tribuna no plenário da Câmara relatando a precariedade do órgão e ainda nesta manhã, levou o coordenador estadual do DNOCS na Bahia, Josafá Marinho, com o intermédio da senadora Lídice da Mata, até o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra (PSB- PE). A reunião aconteceu às 8 horas, na Comissão de Desenvolvimento Regional, no Senado Federal. Na próxima terça-feira, 19, às 17h, haverá uma nova audiência para aprofundar a discussão e viabilizar investimentos para o DNOCS Bahia.

O coordenador do DNOCS na Bahia, Josafá Marinho, tem assistido de perto em função do cargo, as dificuldades dos municípios baianos com relação à seca. “No momento, infelizmente, temos mais 260 municípios baianos em estado de emergência só no semiárido baiano. Recentemente estive em Canudos, na Barragem de Cocorobó, em Itiúba, no Açude de Jacurucí onde o estado é tão crítico que a lavoura irrigada está completamente sacrificada pela seca, sem contar Livramento de Nossa Senhora que a água até para o consumo humano é limitado”.

Como o DNOCS é ligado ao Ministério da Integração, o deputado Sérgio Brito descreveu a limitação operacional do órgão. “A existência do DNOCS hoje está ameaçada. Atualmente são 1700 funcionários, quando o ideal seriam cinco mil, no mínimo, para atender com eficiência. O último concurso público chamou apenas 80 pessoas para Fortaleza e não convocou nenhum para as coordenações regionais. É evidente o chamado esvaziamento político do órgão. Não é concebível que o órgão, com mais de 100 anos de história, tenha suas prerrogativas diminuídas dessa forma”, disse o parlamentar.

Para Sérgio Brito, o descaso com o departamento reflete no combate à “maior seca dos últimos 50 anos”. “O semiárido padece por falta de investimentos em obras de infraestrutura hídrica, O Dnocs possui uma equipe técnica altamente capacitada para lidar com a questão da seca, mas, hoje, infelizmente, o órgão encontra- -se desmantelado. Se estivesse bem equipado e estruturado, o departamento poderia ter executado inúmeras ações preventivas para amenizar o sofrimento do povo nordestino”, declarou Brito.

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