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"Bruno Reis é um puxa-saco", diz diretora da APLB

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Professora criticou declaração do deputado sobre salário da categoria  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/03/2013, às 07h58   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



O bate-boca entre o secretário de Educação da prefeitura, João Carlos Bacelar, e a diretora do do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Elza Melo, respingou sobre o deputado estadual Bruno Reis (PRP).

Na quinta-feira (21), durante entrevista concedida ao programa do Bocão, na Rádio Sociedade, o deputado revelou informações que os próprios oposicionistas nunca tinham confessado e, dentre outras figuras, colocou em saia justíssima a APLB – sindicato dos professores, conforme foi registrado em matéria do repórter Alessandro Isabel.

Segundo Bruno Reis, tem educadores que lecionam na rede municipal de Salvador e recebem no contracheque o valor de R$ 10 mil. “Eles iniciam a carreira com o salário de R$ 3.500 e ao fim tem professores recebendo R$ 10 mil. São os mais bem pagos do país”, revelou.



Mas, esta declaração soou como uma ofensa para a diretora Elza Melo, que rebateu de forma ultraje o deputado: "Bruno é um puxa-saco. Todo mundo sabe que ele é o puxa saco do prefeito. Eu quero é que ele prove o que disse. Cadê o contracheque? Se a gente ganha R$ 10 mil acho que ele devia deixar de ser deputado para ser professor. Ele não sabe do que está falando e desconhece totalmente nossa realidade", afirmou.

Na manhã desta sexta-feira (22), uma discussão tomou conta dos estúdios da Rádio Sociedade, durante o programa do Bocão, quando - ao vivo, o secretário de Educação, João carlos Bacelar começou a trocar farpas com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Elza Melo.

O que começou com simples declarações de Bacelar sobre a educação, o reconhecimento dele com relações às péssimas condições das escolas e os R$ 100 milhões que serão investidos na área este ano, fora interrompido quando o secretário teve que afirmar à diretora que "A APLB faz jogo sujo. Isso tudo é jogo político. Mas, eu estou colecionando os epísódios e vou encaminhar tudo à Procuradoria do município", disse o gestor da pasta, se referindo à recusa dos professores com relação ao Progrma Alba e Beto. Segundo o secretário, o programa é aplicado em mais de 700 municípios e cerca de 92% dos alunos do 1º anos são alfabetizados através dele.

Mas, ao ouvir esta declaração, Elza Melo não hesitou em responder. "Pare de mentir secretário. Jogo sujo? Cuidado com suas declarações. Não vou tratar destas questões desta forma.Somos uma entidade que lutab pela qualidade da educação. Queremos uma rede que funcione e isto não acontece devido à falta de condições das escolas. Esta administração está impondo o Alfa e Beto e já discutimos isso uma vez que o programa não atende às necessidades", afirmou, sendo logo interrompida por Bacelar. "E qual programa atende professora?", questionou.

Leia aqui o bate-boca completo

Nota originalmente postada às 10h do dia 22

Classificação Indicativa: Livre

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