O que era para se transformar em mais uma estatística da violência que assola a Região Metropolitana de Salvador, acabou se tornando uma troca de ofensas entre a delegada Patrícia Nuno, titular da 23ª delegacia, que fica em Lauro de Freitas e o vereador Euvaldo Jorge (PP).
Isso porque, após ser assaltado dentro de uma farmácia, o edil foi orientado a prestar queixa em uma delegacia, já que os documentos da esposa dele foram levados pelos ladrões. "Cheguei na delegacia e vi entulho na frente, uma porta estava trancada e apenas uma pessoa, que não era policial, estava lá. Eu expliquei a situação e fui informado que o sistema estava fora do ar e que eu retornasse na segunda (25). Só teve isso e fui bem atendido.
Mas, não havia ninguém mais lá. Confesso que fiquei chateado por não poder registrar a ocorrência. Como isso irá entrar nas estatíticas? Mas, carteirada? Isso não existe", relatou o vereador ao site Bocão News, considerando estranha a postura da delegada.
"Não entendi porque ela disse isso. Eu não menti. Eu estou falando a verdade. Ela não estava lá. Se eu soubesse que ela era a titular até tentava falar com ela porque acho ela muito competente. Não destratei ninguém na delegacia. Acho que ela foi infeliz nas declarações. Realmente não entendi porque me chamou de mentiroso. Um absurdo", afirmou o pepista.
Mas, ainda que não estando lá, a delegada - em conversa com a repórter Terena Cardoso, também considerou estranha a atitude de Euvaldo Jorge,visto por ela como um homem sensato.
“Eu estava almoçando, quando eu cheguei os policiais disseram que teve um problema aqui. Quando eles avisaram ao vereador que não poderiam registrar a queixa porque o sistema caiu, ele ficou nervoso, começou a gritar e esperniar com os meus policiais. O pessoal ficou preocupado, aqui tem gente simples. Quem ele pensa que é pra dar ‘carteirada’ de vereador aqui?”, questionou.
Em contato com o Bocão News o vereador lamentou a situação: "Fiquei muito
triste com a infelicidade dela em me chamar de mentiroso. Eu não entrei na
delegacia. Reconheço que estava nervoso, mas não a ponto de ofender ninguém . Não esperniei. Não tenho nada contra ela e sim contra a falta de segurança pública do Estado".
Nota originalmente postada às 23h do dia 24
