A possível indicação do ex-governador e ex-senador César Borges para o Ministério dos Transportes tem deixado delicada a relação entre a presidente Dilma Rousseff e p PR, partido de Borges. Tudo porque, apesar de ter costurado uma boa influencia interna por atualmente ser o vice-presidente do Banco do Brasil, o baiano não goza de prestígio com todos os republicanos em Brasília.Caso seja de fato nomeado na próxima faixa da reforma ministerial de Dilma, César Borges deverá ser coroado em uma relação pessoal com Dilma e também com governadores que tem recebido ao longo dos dois últimos anos no BB. Além disso, goza de grande prestígio com o presidente nacional da legenda, o ex-titular da pasta, Alfredo Nascimento.
A bancada do PR na Câmara de Deputados, porém, não gosta nada da idéia. O líder da sigla na Casa, deputado Anthony Garotinho (RJ), já declarou publicamente que os parlamentares republicanos estão “muito magoados” com a presidente e que talvez possam aderir a um projeto que não o da reeleição de Dilma. De acordo com Garotinho o 1min10seg que o PR tem de propaganda eleitoral não são fundamentais para a petista, mas ao mesmo tempo ela não desejaria cedê-lo a ninguém.
Outro motivo a irritar os políticos em Brasília é que Borges, caso sucedesse o atual ministro Paulo Sérgio Passos, seria mais um a chegar à pasta apresentando um perfil técnico. Engenheiro civil por formação, Borges teria capacidade técnica suficiente para avaliar as estratégias da pasta, assim como tem feito o atual ministro, que entrou como interino em 2011 e continua no cargo apesar da influência política.
