Para Geddel, falar em ponte é uma irresponsabilidade do governo Wagner
Publicado em 02/04/2013, às 06h40 Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)
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O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF), Geddel Vieira Lima (PMDB) não tangenciou ao ser questionado sobre a o anúncio da obra da Ponte Salvador-Itaparica: este projeto não é nem factoide, é eleitoreiro, irresponsável politicamente e inconsequente do ponto de vista administrativo.
A declaração foi dada ao jornalista Biaggio Talento, e publica na edição desta segunda-feira (1) do jornal A Tarde. O ex-ministro da Integração Nacional admitiu, contudo, que a obra é uma ideia interessante, mas não se pode ignorar o caráter eleitoral.
Na avaliação de Geddel, “um governante que vai concluir oito anos de mandato, anunciar o eventual lançamento do edital de licitação de uma obra dessa magnitude, orçada em mais de R$ 8 bilhões, para o último ano do governo” é irresponsável.
O cacique do PMDB da Bahia lembra que propôs uma alternativa em 2010 para acelerar o acesso entre Salvador e Itaparica. “Era a construção de uma via litorânea, passando por Santo Amaro, Saubara, com uma ponte sobre o Rio Paraguaçu que reduziria o tempo de chegar a Itaparica, criaria um novo vetor econômico naquela região e é uma alternativa que já poderia estar pronta ao custo da época de R$ 200 milhões”.
Embora critique sem titubear o projeto, Geddel garante que se de fato disputar a eleição de 2014 e vencer, vai fazer das “tripas coração para concluir”. No entanto, para o peemedebista, o mais honesto – para Wagner – seria construir a base, todos os dados e estudos técnicos e deixar, responsavelmente, para que o governador eleito em 2014 possa colocar ou não a iniciativa em andamento.
O problema neste caso é que para a criação das bases estruturais o investimento é alto. Para se ter uma ideia, a contratação da consultora McKinsey custou R$ 40 milhões.
Geddel negou qualquer entrevero com a presidente Dilma Rousseff e se declarou um homem experimentado para fazer política através de notinha do jornal.
Sobre a eleição, Geddel enumera diversas razões para ser candidato, mas garante: mas, se com todas essas convicções, eu transformá-las em ideia fixa, deixo de ser um homem público para ser doido. Quero ser candidato se as pesquisas demonstrarem mais adiante , se os que militam na política entenderem que muito humildemente posso liderar esse processo e construir em torno do meu nome um ampla aliança que sustente nossa pretensão. Do contrário, digo agora e pode registrar, não seria empecilho à construção de um nome que possa nos conduzir a um projeto alternativo ao atual, que eu acho que não tem feito bem a Bahia.
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