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O Sistema de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia (Fiplan), novo sistema de administração financeira do Governo do Estado, passa por grandes problemas de implantação desde que entrou em funcionamento no ano passado. Os entraves da ferramenta impede pagamentos, emissão de notas e outros transtornos e também é fonte de fortes críticas da oposição.De acordo com o oposicionista Carlos Gaban (DEM), a falta de funcionalidade do Fiplan é tamanha que impede inclusive qualquer fiscalização por parte dos deputados contrários ao Governo. “Não somos capazes de emitir sequer um relatório. A Oposição está impossibilitada de fazer o seu trabalho de fiscalização. Eu me lembro quando era governo e implantamos o Sistema de Informações Contábeis e Financeiras (Sicof), deixamos os dois sistemas, o antigo e o novo, ativos, para que tudo pudesse ser emitido e mostrado”, reclamou.
Usando o exemplo das gestões anteriores, Gaban questionou o secretário estadual da Fazenda, Luiz Alberto Petitinga, sobre o porquê de o Estado não deixar ativo os dois sistemas para fazer a migração completa e antecipar possíveis problemas. O secretário, que compareceu a uma audiência Pública na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa na última terça-feira (2), reconheceu todos os problemas e assegurou que em breve todos serão sanados.
De acordo com Petitinga, o Fiplan é uma tentativa de aplicar na contabilidade pública os processos típicos da iniciativa privada, o que traria ao Estado conceitos mais dinâmicos. Entretanto, apesar das boas intenções, o governo teve vários problemas com migração de dados, treinamento de pessoal e customização de sistemas.
“Manter dois sistemas no ar era impossível. Estamos superando as dificuldades. Reconheço que houve problemas sérios há uns 40 dias, com represamento de verbas, mas em cerca de 40 dias garanto que estará tudo totalmente normalizado”, justificou o titular da pasta. Petitinga listou também outros problemas independentes, como mudanças de sistema no Governo Federal, às quais o estadual deverá obrigatoriamente se adequar. “É um enorme problema, mas obviamente o governo não vai mudar para atender a um estado.”
Nota originalmente postada às 11h do dia 4
