Correndo por fora no processo petista de escolher um nome para concorrer à sucessão de Jaques Wagner – é o único dos quatro pré-candidatos que não em um mandato ou cargo -, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, faz atualmente o que batizou “Agenda do Desenvolvimento Local”. E, para conseguir lograr de seu novo compromisso a indicação petista, Caetano está indo aos quatro cantos da Bahia e se reunindo com gestores, aliados e até mesmo opositores.
A vontade de reunir condições é tanta que Caetano afirma sem nenhum pudor que, onde precisar, estará presente em nome de seu projeto. “Eu estou indo até em aniversário de boneca”, brinca. Ele tem consciência de que, fora do governo e sem ser prefeito, suas chances diminuem, mas que pretende continuar em movimento. “Eu estou na planície, andando. Estou para ir a Paulo Afonso para fazer um debate com a militância do partido. Então bora trabalhar, ir para cima e consequentemente ser competitivo. E o candidato que for melhor escolhido no PT será o nosso candidato. Espero que seja eu”.
Mesmo que saiba que fica em desvantagem em relação aos adversários, Caetano rechaçou qualquer possibilidade de insinuar que Rui Costa, Gabrielli e Walter Pinheiro usem seus mandatos ou cargos para fazer política. Segundo ele, os três têm um senso ético elevado a ponto de saber separar o joio do trigo, de forma que a disputa interna do PT pela indicação ocorre da maneira mais limpa possível.
Caetano acredita, inclusive, que até o final do ano o esperado nome deverá ser, enfim, escolhido. Entretanto, considera que uma demora estratégica, para ele, sairia melhor. “Por mim, sai só em março. Eu não tenho nenhum problema que se demore um pouco mais para sair o nome. Acho que é bom a gente debater até o final do ano, mas eu sou pela maioria. Se a maioria achar que deve sair agora, eu apoio”.
Postada às 13h16 do dia 13 de abril
