Política

Será que vai “cortar na própria carne”?

Imagem Será que vai “cortar na própria carne”?
Marcelo Nilo cumpre agenda em Goiânia e falta a sessão com votação  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/04/2013, às 08h50   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)




O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), assumiu o quarto mandato como comandante da pasta sendo taxativo quando o assunto é a falta de parlamentar durante as sessões com votação, estendendo à punição – corte do ponto – às reuniões das comissões temáticas.

Nesta terça-feira (16), os legisladores estaduais aprovaram o projeto de lei que reajustou os vencimentos de juízes, desembargadores e dos promotores e procuradores do Ministério Público do Estado da Bahia. Além de autorizar o governo estadual a captar US$ 50 milhões ao Fide para agricultura.

A sessão foi presidida pelo deputado Cacá Leão (PP), pois Marcelo Nilo estava em um compromisso em Goiânia. Foi à capital de Goiás para uma reunião entre presidentes de assembleias legislativas do Brasil. Em conversa rápida com a reportagem do Bocão News não soube afirmar se vai “cortar na própria carne”.

De acordo com o pedetista, o assunto será levado para a Mesa Direto vez que estava num evento representando o Poder Legislativo do estado. Provavelmente, não terá nenhuma sanção e se houvesse seria simbólica, na perspectiva de desconto salarial.

A ausência do presidente, no entanto, não causou maiores problemas para a condução dos trabalhos. Os deputados de oposição “bateram” forte no chefe da Casa Civil Rui Costa (PT) e no governo Jaques Wagner (PT). Principalmente por conta da demora no envio da mensagem de reajuste/recomposição salarial aos servidores do estado.

Na defesa da gestão, José Neto (PT), afirma que é preciso ter prudência, pois o momento de é avaliar todo o cenário para não colar o “carro na frente dos bois”. Petista afirma que a maioria dos 26 estados ainda não concedeu o reajuste garantido por lei.

Segunda ele, os servidores devem ter em mente que nenhuma categoria teve menos de 29% de reajuste ao longo do mandato Jaques Wagner. Pede, portanto, um pouco mais de paciência.

"Nos últimos seis anos, os funcionários do Estado tiveram historicamente o maior reajuste real aferido das últimas décadas. Estamos sempre buscando o melhor caminho para resolvermos as pendências que dizem respeito às expectativas funcionais da categoria”.

Sexta-feira (19), os servidores vão realizar uma assembleia para discutir o assunto. Não será surpreende se o governo Wagner enfrentar nova paralisação ou desgaste com a categoria, mesmo com o argumento de que concedeu mais benefícios, inclusos os planos de carreira e leis orgânicas.


Postada às 20h57 do dia 16 de abril

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