O reajuste de 2,5% definido pelo Governo do Estado para os servidores públicos este ano gera uma manifestação de servidores na manhã desta terça-feira (30) em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Dezenas de trabalhadores de vários órgãos do Estado reclamam da proposta do governo e reclamam que o valor é muito baixo.
Os servidores se reunem no salão da Alba, logo ao lado do plenário, e cantam canções de protesto, cobram o pagamento da URV e circulam com semblante de nervosismo. A Polícia Militar não vigia os trabalhadores dentro da Casa, mas apenas do lado de fora do prédio principal da AL. Servidores do SIndisaúde, que fazem uma paralisação de 24h hoje, também se juntaram à manifestação.
O deputado estadual Carlos Geílson (PTN), vice-líder da oposição, notou o protesto e se solidarizou com o grupo. Segundo ele, o reajuste é “ridículo” e o PT, partido do governador, precisa dar explicação sobre um percentual tão pequeno. Já a Associação de Praças do Estado da Bahia também se manifestou quanto ao reajuste e o classificou como uma maneira “desrespeitosa” de tratar o servidor.
De acordo com a diretora da Federação dos Trabalhadores Estaduais da Bahia (Fetrab) Margarida Nunes, os trabalhadores não aceitam o reajuste porque este está muito abaixo da inflação. No ano passado, o aumento de preços ficou fixado em 5,84%. Desta maneira, a Fetrab deseja o pagamento literal do índice, além de um adicional de ganho real para compensação de perdas salariais recentes. Ela garantiu que as reivindicações já são conhecidas pela Assembleia, uma vez que o grupo entregou um projeto aos deputados estaduais recentemente.
O projeto de lei que permite o aumento foi enviado à AL e deverá ser analisado em regime de urgência pelos parlamentares. Os policiais militares já anunciaram que no próximo dia 9 de maio se reunirão em assembleia no Ginásio dos Bancários para debater o projeto.. De acordo com o vereador Soldado Prisco (PSDB), líder da categoria, o reajuste é "inaceitável" e que trabalhadores de todo o estado devem participar do ato.
