Os auditores fiscais da Bahia argumentam que o Governo do Estado tinha condições financeiras para conceder um reajuste maior aos servidores públicos com base em ganhos recentes de arrecadação do ICMS. A afirmação é do vice-presidente do Instituto dos Auditores Fiscais (IAF) da Bahia, Sérgio Furquim de Almeida. Ele alega que a entidade tem um estudo que pode provar esta argumentação.De acordo com Almeida, a gestão Wagner teve um aumento de 11% na arrecadação do imposto e, assim, tinha condições de dar um aumento maior que o de 2,5%. Ele alegou também que esta oferta faz parte de uma suposta série de manobras do governo para reduzir os gastos com a folha em busca de fechar o caixa. "Já começamos a trabalhar o tema para tentar entender o que está acontecendo. Estamos concluindo estudos técnicos sobre as contas do governo e já detectamos algumas desconformidades que pretendemos encaminhar para os órgãos de controle", declarou.
Para Furquim, o grande problema do governo está nos gastos assumidos pela gestão para corrigir o rombo no Fundo Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Funprev). “Os déficits oriundos do pagamento de inativos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário estão sobrecarregando a despesa de Pessoal do Poder Executivo, contrariando a legislação vigente e as diversas recomendações do TCE, impedindo que os salários dos servidores do Executivo possam avançar, e ajudando para que o Legislativo e o Judiciário tenham suas margens com pessoal flexibilizadas".
