Política

Agência define aumento na conta de água para este ano

Imagem Agência define aumento na conta de água para este ano
Embasa queria mais de 15% de aumento, mas agência avaliou seca e metas não cumpridas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/05/2013, às 06h30   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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A Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) definiu o reajuste da Embasa para este ano em todo o estado. Trata-se de um reajuste de 9,8 nas contas de água de todos os usuários do estado, que atualmente giram em torno de 5 milhões.
O aumento passará a valer dentro de 30 dias, uma vez que o reajuste foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (7). De acordo com o presidente da Agersa, Raimundo Filgueiras, o reajuste foi uma média ponderada a partir de uma série de fatores, mas ressalta que o aumento anual é concedido por lei e existe para manter as operações da empresa;
Filgueiras explica que a Embasa pretendia um aumento de 15,8%, mas para fechar a conta em 9,8% alguns detalhes foram levados em consideração. O primeiro é a forte seca que o estado atravessa desde o ano passado e que causou racionamento em diversas regiões. Outra trata-se da avaliação de 10 metas da Embasa fixadas pela Agersa, mas que mais da metade não foram alcançadas.
As metas são relativas a vários aspectos, como satisfação do cliente, meta de investimentos financeiros eficiência operacional e outros. Vários destas metas não foram 100% batidas e, por isso, foram descartadas. Diante disto, o reajuste pretendido foi desconsiderado e, segundo o regulador, o índice alcançado pode ser classificado como “na medida”.
Pelo reajuste tarifário, na faixa inicial de consumo de 10 mil litros de água por mês (10 metros cúbicos), a tarifa residencial social passará de R$ 7,90 para R$ 8,70, a tarifa residencial intermediária passará de R$ 15,60 para R$ 17,10 e a tarifa residencial normal ou veraneio passará de R$ 17,65 para R$ 19,40. Filgueiras argumentou também que o reajuste ocorre porque a Embasa tem grandes custos para trazer a água para o usuário final e que, para que haja gastos menores no futuro, é preciso se reeducar no uso do recurso.
“Em 2001, quando houve aquele grande racionamento de luz, a Aneel impôs metas de consumo. Com isso, nós tivemos de comprar lâmpadas fluorescentes, olhar as nossas geladeiras com atenção, usar a máquina de lavar com mais cuidado. Tudo para economizar energia. A população também precisa se conscientizar de que tem que usar a água de maneira mais racional. O aumento não pode ser considerado abusivo”, defende.

Publicada no dia 07 de maio de 2013, às 14h59

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