Política

Kassab jura que não tratou sobre Otto em reunião com Wagner

Imagem Kassab jura que não tratou sobre Otto em reunião com Wagner
Presidente nacional do PSD defende vice-governador, mas diz que apoio a Dilma ainda não está certo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/05/2013, às 08h34   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, se encontrou pessoalmente com o governador da Bahia, Jaques Wagner, nesta quinta-feira (16), mas diz jurar que em momento nenhum usou o tempo ao lado do petista para fazer uma articulação frontal de uma possível candidatura do vice, Otto Alencar, para o governo no ano que vem. Ao Bocão News, o paulista disse que sequer falou de política com Wagner no jantar.
“Foi um encontro social ontem, aberto. Não foi um ambiente de trabalho. Por incrível que pareça, se falou de esporte, de cultura, em Brasil, mas todos muito cuidadosos. Até porque o governador sabe que ele não tem que ter nenhuma preocupação com o PSD. O PSD é seu parceiro, seu aliado. O PSD é muito grato ao governador por toda a sua ação em favor do partido, suas demonstrações de simpatia e reconhece no seu governo um grande governo e temos uma convicção muito grande de que estaremos juntos na eleição de 2014”, avaliou.
Da maneira como disse em seu discurso durante o evento em Feira de Santana, Kassab atribuiu a Wagner a liderança do processo de escolha do nome que concorrerá como representante da base para promover a sucessão. De acordo com ele, Wagner é o “técnico” do time e saberá escolher entre os melhores “jogadores”. “O que nós colocamos, o que é legítimo de todos os partidos também coloquem em suas alianças, são os nossos nomes. E o nome que a gente oferece (Otto) entendemos que é o melhor para liderar a chapa às eleições de 2014, mas essa escolha será liderada, coordenada pelo governador Jaques Wagner, que tem toda a confiança do nosso partido.”
O presidente do partido disse não tratar a questão política baiana de maneira “pequena” e que, por isso, entende que Otto é o melhor nome por toda a história do quadro e também pelo capital político que o vice-governador amealha em todo o estado. Ao mesmo tempo, Kassab convocou o partido a esperar os pares se manifestarem para que as negociações ocorram de maneira igualitária.
Apesar da questão estar fechada no âmbito estadual, não está ainda definido que o PSD apoiará Dilma Rousseff à reeleição no ano que vem. Para Kassab, a nomeação do vice-governador paulista Guilherme Afif Domingos para a secretaria nacional de Micro e Pequena Empresa não foi uma operação de “toma-lá-dá-cá” para que o partido indique apoio institucional e entre para a base. Ele explicou eu havia um projeto em relação à pasta que passa pelos planejamentos institucionais do PSD e que apenas posteriormente haverá a decisão quanto ao apoio.
“A indicação do Afif foi uma escolha muito mais vinculada ao tema e não ao partido. O partido não participa do governo. Um dia queremos participar, queremos ganhar as eleições caso a gente a apoie e, ao ganhar as eleições, participar do governo legitimamente. Mas não é o caso no momento e não a participação agora no governo de um quadro nosso que vai definir a nossa posição em relação a ela. O que vai definir serão as consultas que estão em andamento e depois de finalizadas as consultas, os entendimentos em relação aos palanques estaduais pra que a gente possa, a partir daí, construir um projeto para o Brasil.”

Nota originalmente publicada às 15h19 do dia 17/05

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