Política

Otto diz que burocracia às vezes desestimula trabalho

Imagem Otto diz que burocracia às vezes desestimula trabalho
Vice-governador se irrita com calvário em Brasília e exalta rapidez presente em outros países  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/05/2013, às 18h30   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Respondendo a uma pergunta da imprensa de Feira de Santana sobre o entrave nas obras do aeroporto da Princesa do Sertão, o vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura Otto Alencar abriu o coração. Ao comentar a burocracia que trava o início das obras, Otto disse que às vezes tanta demora o desestimula a continuar trabalhando.
Ele relatou que, para conseguir viabilizar as intervenções, tem de fazer um longo percurso entre uma série de órgãos federais de aviação e também dentro do governo federal. Como o problema não se restringe às iniciativas em aeroportos, a burocracia trava as melhorias de uma maneira geral em sua opinião, o que não aconteceria em outros países.
“Nos Estados Unidos, se três condados se juntam e definem que vão construir um aeroporto, o aeroporto vai ser construído. Aqui, eu tenho que sair correndo em vários lugares para fazer isso. Eu digo que a burocracia às vezes faz com que a gente perca a vontade de trabalhar. Eu sou médico e a minha cabeça é de cirurgião. Cirurgião bota na mesa e opera. Cirurgião não fica pedindo exame para o cara voltar, porque em seis meses ele já vem morto e embalado. Eu boto na mesa e opero”, desabafou.
O secretário relatou que duas empresas fizeram um consórcio para fazer as intervenções no Aeroporto João Durval, mas que a burocracia trava o trabalho. “Saiu agora uma MP dos Portos. Eu queria que saísse uma MP dos Aeroportos. Quem deveria fazer a regulação disso é a Agerba”, reclamou. Como considerou que ainda não havia feito considerações so suficiente sobre o tema, Otto continuou a chorar as pitangas publicamente e contou como acontece o périplo por Brasília atrás de obras.
“Aqui eu tenho que ir para Brasília, voltar, ir lá, pedir e encontrar um burocrata lá em Brasília empedernido, que não sabe o que é Bahia, que não sabe o que é Feira, e ele diz assim ‘espere aí na cadeira, vice-governador/secretário, que eu vou fazer’. Aí não dá. Aí ele manda voltar de novo com ‘faça isso, faça aquilo’. Mas nós estamos aí para resolver as dificuldades”, contou. Para ele, quem faz o poder é quem conhece realmente a dificuldade de governar e que “quem senta na arquibancada joga demais”.

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