Aécio e Anastasia têm desempenho negativo em áreas prioritárias

Publicado em 20/05/2013, às 13h39 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

Dois dias depois de ser eleito presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, teve as principais bandeiras levantadas enquanto governou Minas Gerais abaixadas a meio-mastro por uma reportagem do jornal Folha de São Paulo.

Nesta segunda-feira (20), o impresso traz um balanço com o desempenho da gestão tucana nos últimos dez anos em seguimentos prioritários para Aécio e Antonio Anastasia, sucessor do senador, e o resultado não é positivo. No combate à desigualdade regional e à criminalidade.

Conforme a publicação, enquanto o fosso entre regiões ricas e pobres do Estado não se reduziu, a violência cresce desde 2010, sobretudo nas grandes cidades.

Dados compilados dão conta de que 47% da riqueza de Minas em 2010 era produzida na região central, que inclui a capital. Em 2002, a região era responsável por 43%. Já a participação das regiões menos desenvolvidas no PIB ficou estagnada ou diminuiu, segundo a reportagem do impresso paulista.

No relatório do Tribunal do Contas do Estado, referente ao ano de 2011, está escrito que tais evidências sinalizam a grande desigualdade em termos de desenvolvimento econômico que prevalece em Minas.

Sobre a violência, a redução alcançada sob a gestão de Aécio sofreu recuo significativo durante a de Anastasia. A taxa média mensal de crimes violentos por cem mil habitantes caiu de 45 em 2005 para 20,8 em 2010. Mas, mês passado, chegou a 36.4.

Enquanto o governo culpa o narcotráfico pelo crescimento da violência, o sociólogo Luiz Flávio Sapori, que atua como secretário-adjunto da Defesa sob Aécio, aponta a perda de qualidade do policiamento ostensivo e o desmantelamento da ação integrada das duas polícias como principais razões para a explosão.

O governador, em declarações publicadas pelo mesmo veículo, rebateu afirmando que o Estado tem rumo. Mostrando números positivos em outras áreas, Anastasia buscou contrapor a expansão da violência. Destacou o equilíbrio orçamentário, a liderança mineira no Ideb-2011, o quarto lugar no índice do SUS e a liderança num ranking do Planalto sobre políticas sociais.

Os números apresentados no caso das desigualdades, contudo, são de 2010. Antes, portanto, da curva. Ignorou ainda, de acordo com a reportagem, dados do próprio governo.

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