Política

Kátia Carmelo diz que perseguição judicial é óbvia após condenação

Imagem Kátia Carmelo diz que perseguição judicial é óbvia após condenação
Ex-titular da Sucom diz que nova sentença virou piada dentro do órgão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/05/2013, às 06h35   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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A ex-titular da Sucom Kátia Carmelo, que foi acusada de difamação e condenada mais uma vez à prisão por ter divulgado no passado nome de detentores de transcons em Salvador, declarou que o parecer do juiz Aurelino Otacílio Pereira Neto, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), está “equivocado” e que é “óbvio” que sofre de perseguições nas instâncias judiciais. Para ela, há várias contradições na nova sentença, expedida nesta segunda (20).
Segundo ela, o juiz não foi o mesmo que participou das oitivas do caso no passado – o processo todo foi conduzido por uma magistrada, cujo nome a servidora municipal não se lembra – e que, por isto, ele seria incapaz de emitir decisão por não conhecer os detalhes do processo. Kátia Carmelo afirma ter apresentado todas as provas de suas acusações e que todas estão anexadas ao caso. Por conta disto, ela considera que recorrer à próxima instância é uma decisão natural.
“É claro que eu vou recorrer. As provas que eu trouxe dizem uma outra coisa, diferente do que o juiz concluiu. Eu não conheço o juiz, não sei quem ele é e por que assumiu o caso”, justificou. A ex-Sucom alega que a perseguição que sofre decorre do que considera o “peso” de tentar “moralizar a gestão pública”. Sobre o fato do proponente da ação ser o construtor Carlos Suarez, Kátia alega que não tem culpa de, entre os nomes apresentados no passado como detentores de transcons, o empresário ser destacado na imprensa por possuir o maior patrimônio entre os proprietários.
A servidora lamentou também ter sido condenada por cumprir a obrigação legal que determina que os donos dos benefícios tenham seus nomes divulgados e disse que, ao apresentar sua apelação, trará novamente todas as provas de que dispõe e também levará o trecho da legislação que determina a publicação dos detentores do transcon. Por enquanto, porém, nenhuma notificação formal de condenação lhe foi entregue até o momento.
Kátia Carmelo também ironizou o processo e disse que a pena alternativa de prestação de serviço por quatro meses não precisaria lhe ser aplicada porque, segundo ela, fazer trabalho voluntário é “um prazer”. Além disto, o caráter supostamente obscuro da condenação acabou virando, segundo a servidora, motivo de piada na Sucom, para onde voltou para atuar como analista no final do ano passado. “Aqui, o papo dos corredores é que não se pode falar a palavra ‘transcon’ que na hora já está condenado”.

Nota originalmente postada às 16h do dia 21

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