Eleito vice-governador na chapa de Jaques Wagner, Otto Alencar (PP) acaba de ser nomeado secretário da Infraestrutura, que já foi chefiada pelo deputado federal João Leão, liderança pepista no estado. De acordo com Otto, a decisão pelo seu nome passou pelo crivo do partido, mas foi do governador.
“ Escolha para qualquer secretaria passa pelo partido, mas quem decide mesmo é o governador. No meu caso é ainda mais tranquilo, porque eu sou da chapa majoritária, assim como os senadores. Então vou trabalhar para o projeto de Wagner sem esse negócio de bairrismo, de pensar apenas no partido”, afirmou.
Otto apontou a sua experiência na administração pública como fator preponderante para assumir a secretaria. “Já fui vice-governador, governador, deputado, líder da maioria e da oposição, secretário, conselheiro (do Tribunal de Contas dos Municípios), de modo que, humildemente, posso dizer que sou uma espécie de coringa da administração pública”, disse.
O novo secretário revelou ainda que o seu conhecimento do estado pode colaborar para o desenvolvimento das atividades da pasta. “Eu sou um político que conheço a Bahia inteira, de ponta a ponta. Isto pode ajudar muito, já que posso levar demandas ao governador que se acatadas vão ser de grande valia para o estado”.
Questionado sobre as dificuldades de gerir uma pasta que tem um grande orçamento e que deve receber ainda mais recursos nos próximos anos, Otto, não demonstrou maiores preocupações. “As estradas e rodovias estaduais, os aeroportos, ferrovia vamos fazer tudo que deve ser feito. Vou sentar com o governador para definir as diretrizes. Tem ainda a ponte e a ferrovia, vamos ver quais são prioridades e executar da melhor forma possível”
Quando o assunto é transparência, o secretário disse que com as ferramentas atuais qualquer pessoa curiosa pode acompanhar todos os processos.“Tem ainda os olhos vigilantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Diário Oficial, os deputados estaduais da bancada da oposição, basta querer acompanhar que é possível” avisou.
Otto também não demonstrou preocupação quanto ao acúmulo de funções. “Quando o governador viajar para fora do país, eu assumo a vice e me desligo temporariamente da secretaria, neste caso, quem assume a pasta é o chefe de gabinete ou subsecretário”.
Foto: Aristeu Chagas // Bocão News
