Administração em colapso

O governo João Henrique recebeu mais um cartão amarelo. Desta vez, são os servidores das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) que prometem suspender o atendimento à população nos centros de saúde Alfredo Bureau (12º Centro - Boca do Rio) e Edson Teixeira Barbosa (Pernambués) até amanhã, tanto na parte ambulatorial quanto de emergência.

As duas unidades são administradas pela prefeitura de Salvador e, juntas, são responsáveis pelo atendimento de uma média de 33 mil pacientes no mês, o que corresponde a 22% do atendimento de saúde da capital.

Segundo José Eduardo Acedo, superintendente adjunto da Osid, somente um acordo da prefeitura evitaria a paralisação. A decisão veio após seis meses de atrasos nos recursos, que chega aos R$ 15 milhões. Deste valor, R$ 7 milhões vieram do Fundação Nacional de Saúde, do governo federal, e ainda está retido no governo municipal. Os outros R$ 6 milhões deveriam manter os dois postos de saúde coordenados pelas Obras.

O secretário municipal de Saúde, Gilberto José, explica que a secretaria tinha feito um acordo informal com as Osid de que eles receberiam o mês de dezembro, já pago, e este mês mais três salários atrasados. Sobre o pagamento relativo às verbas do governo federal, o secretário diz que foi um problema burocrático de repasse de verbas no fim do ano.

Elevador
Outro serviço que sofre críticas da população soteropolitana é o Elevador Lacerda, além do Plano Inclinado. Os usuários têm de enfrentar filas constantes, já que o ponto turístico tem operado com duas cabines ao invés de quatro. A solução foi colocar três micro-ônibus para tentar diminuir as filas. Para a população, é um absurdo.

As mesmas reclamações fazem os usuários do Plano Inclinado Gonçalves, no Comércio. O plano ficou parado no final de semana para manutenção. Outro problema é a falta de segurança no local. Para piorar a situação, foram demitidos 3.200 vigilantes que prestam serviço à empresa Portal Segurança, terceirizada da prefeitura.