Nesta quarta-feira (19), após longa reunião da executiva estadual do PMDB, foi decidido que o partido não reconhece mais o prefeito João Henrique como integrante dos seus quadros. Além disso, a direção estadual recomendou a bancada na Câmara Municipal de Salvador, composta por seis vereadores, que retire o apoio político ao Thomé de Souza.
Entretanto, o prefeito ainda não foi expulso oficialmente da legenda. Ele aguarda conclusão de processo aberto no
Conselho de Ética, que deve ser finalizado dentro de 90 dias.
Fim do casamento - Depois do encontro desta quarta, a direção do PMDB emitiu um documento explicitando as razões que levaram o grupo a oficializar o rompimento com o prefeito da capital baiana.
No texto, repassado ao
Bocão News pelo ex-secretário de Serviços Públicos Fábio Mota, o grupo destaca a situação de João Henrique antes da eleição de 2007, quando ele "tinha sido desprezado pelo PT" e por outras legendas e "amargava um alto índice de rejeição popular".
O documento destaca que o prefeito foi acolhido com todas as honras e que o empenho e a determinação do PMDB garantiram a reeleição. Além disso, houve uma oferta de quadros técnicos qualificados que melhoraram a gestão da cidade.
O texto lista como algumas das contribuições do PMDB à administração municipal a aquisição de maquinário, os banhos de asfalto e luz em toda cidade, além da construção de encostas, calçamentos, obras de drenagem e as recuperações da Avenida Centenário e do Canal do imbuí.
Em outro trecho é citado que, após o primeiro ano do segundo mandato, João Henrique começou a se afastar do grupo e que a primeira-dama Maria Luiza, deputada estadual pelo PMDB, se desfilou do partido sem nenhuma justificativa razoável.
A executiva estadual ainda lembra que, em 2010, quando da disputa pelo governo do estado, o prefeito usou as “tintas da ingratidão e deslealdade” contra a campanha do correligionário Geddel Vieira Lima. E, por fim, pontua que a crise vivida pela prefeitura é tão grande que a administração não consegue nem executar obras que já possuem recursos empenhados, como a da Avenida Vasco da Gama, que teve a liberação de verbas do governo federal.
Criação: Correio*