Sonegômetro: enquanto a maioria paga imposto, outra parte faz a festa

Publicado em 12/06/2013, às 06h15 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)

Em meio à recente aprovação da Reforma Tributária de Salvador e do início das discussões sobre um possível aumento de IPTU proposto, em tese, pela gestão do prefeito ACM Neto, um dado alarmente pode ser obtido em tempo real através de uma ferramenta disponibilizada pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

O dispositivo foi denominado Sonegômetro em alusão ao Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. Aos números: até as 16h desta terça-feira (11), a média de quanto o Brasil está perdendo com a sonegação de impostos era de R$ 183.871 bilhões.

Na página do Sonegômetro, o sindicato explica a razão do instrumento de mensuração: o Brasil vem há décadas registrando índices alarmantes de sonegação fiscal e alta carga tributária que se realimentam num círculo vicioso. São disfunções de um modelo regressivo, que penaliza fortemente o orçamento dos cidadãos mais pobres, pois onera muito mais o consumo do que a renda e o patrimônio. Soma-se a isso, a falta de medidas efetivas para coibir e punir os que buscam no ato de sonegar uma fonte de lucro.

Reside na argumentação acima, a interseção entre o projeto de aumento de IPTU e o Sonegômetro. Na manhã desta terça-feira (11), o deputado estadual Alan Sanches (PSD), coincidentemente ponderava, em conversa com a reportagem do Bocão News, que seria mais interessante aperfeiçoar o mecanismo de cobrança através do cadastramento e recadastramento dos imóveis a onerar o cidadão. “Além de que, a expectativa da reforma tributária é incrementar a receita em R$ 500 milhões”.

Impostômetro

A ferramenta da Associação Comercial de São Paulo marca nesta terça-feira que o país já arrecadou mais de R$ 698 bilhões somente este ano através do recolhimento de impostos.

Postada às 16h59 do dia 11 de junho

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