Política

Modelo de estruturas da Orla não é como no Rio de Janeiro, explica Bellintani

Imagem Modelo de estruturas da Orla não é como no Rio de Janeiro, explica Bellintani
Para unir areia e calçada, estruturas móveis serão permitidas pela prefeitura na praia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/06/2013, às 17h35   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Desde o início da polêmica de retirada das barracas de praia da Orla de Salvador a população da capital costumou comparar a futura reconstrução do trecho litorâneo com um projeto inspirado na exploração da praia como acontece no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, as estruturas ficam nas calçadas, enquanto os banhistas ocupam sozinhos as areias, misturados a vendedores ambulantes móveis. Apesar de reconhecer que há uma similaridade, o secretário municipal de Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani, rejeita a comparação literal e diz que o modelo, tanto econômico como arquitetônico, não tem comparação com o da capital carioca.
O secretário explica que o costume do banhista baiano difere do carioca no sentido de que, em Salvador, há uma predileção por consumir quitutes e cerveja em mesas e cadeiras frente ao mar. Por conta disto, a prefeitura permitirá que os futuros exploradores das estruturas montadas tenham uma espécie de “ponto de apoio” na areia com estruturas móveis, montadas no início do dia e recolhidas ao final. Isto permitirá que os comerciantes tenham mais facilidade para levar os produtos aos clientes.
“A gente vê o modelo do Rio de Janeiro muito focado em lanchonetes e sucos. A gente sabe que o baiano gosta de ir para a praia para tomar sua cerveja na areia. Lógico que havia um desequilíbrio absoluto entre essa cultura de tomar cerveja na areia e a preservação do meio-ambiente e do próprio entorno da areia. Então o que a gente está buscando é um modelo que preserve a faixa de areia, mas consiga também fazer uma relação com a cultura do baiano, de voltar um costume que já teve e que todos nós admirávamos. Então é uma solução intermediária”, argumentou.
Bellintani acredita também que este intermediário seja um ponto de apoio para que o turismo de Salvador possa voltar a viver dias melhores. Ele acredita que a crise do setor na cidade teve o início de sua fase mais crítica coincidindo com o momento da derrubada das barracas por parte da Justiça Federal, mandante da ação. Com o retorno de um espaço de convivência de qualidade na região, acrescido da possibilidade do consumo normal, tanto baianos como turistas possam voltar a ter a praia como um espaço de lazer típico e democrático. “A gente enxerga isso como o começo da virada do turismo na cidade.”

Nota originalmente postada às 11h do dia 13

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