Política

Benito Gama declina, mas nega apoio automático ao PT em 2014

Imagem Benito Gama declina, mas nega apoio automático ao PT em 2014
Presidente nacional do PTB espera sinalização de Dilma Rousseff para bater martelo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/06/2013, às 09h17   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)



Presidente nacional do PTB, o baiano Benito Gama confirmou que a sigla integra hoje a base do governo federal. Porém, a indicação dele para a vice-presidência do Banco do Brasil, segundo ele, não garante apoio automático à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

Para o pacto ser selado, Benito diz que depende apenas de gestos do Planalto e da abertura de espaços na máquina federal. “O PTB precisa de espaço para expor suas ideias, precisa de um ministério. Esse é o grande pleito que as bancadas têm hoje junto ao governo federal”.

O dirigente pedetista revelou em entrevista para à Tribuna, que já foi procurado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidatíssimo para a disputa presidencial pelo PSB, e também por Aécio Neves, que deverá representar o PSDB na mesma eleição para reforçar as candidaturas em 2014, mas estão em compasso de espera, antes de anunciar o entendimento sobre a sucessão presidencial.

“Eu fui procurado por Eduardo Campos pessoalmente duas vezes, no Rio de Janeiro. Conversamos sobre articulação política e ele afirmou taxativamente que era candidato a presidente em 2014, me apresentando, inclusive, seu plano de trabalho. Fomos procurados também pelo senador Aécio Neves, de Minas, que falou sobre o projeto politico do PSDB, de retomar a Presidência da República. Só não fomos procurados ainda pela Marina Silva. Mas, como a bancada que apoia Dilma no Congresso decidiu, optamos por priorizar o diálogo com o governo federal, do PT”.

No governo estadual, Gama revela que o PTB selou a aliança com o governador Jaques Wagner, que foi, inclusive, o elo de ligação com a presidente da República. “Na Bahia é o seguinte: o PTB apoiou o governador Jaques Wagner na primeira campanha dele, em 2006. Mas depois o PTB não participou do governo como partido aliado, não teve espaço, não se sentiu representado. Depois apoiamos Geddel (Vieira Lima) do PMDB, em 2010. Agora, fomos procurados, eu e o presidente Jonival Lucas, para darmos sustentação ao governo e em 2014, tanto que já acordamos apoio à eleição para deputado federal e estadual no próximo ano”.

Ainda sobre as eleições no âmbito estadual, o pedetista acredita que o partida não irá indicar nomes, nem interferir na decisão do escolhido para representar a base em 2014. “O governador é o coordenador natural do processo. O Partido dos Trabalhadores tem quatro candidatos apresentados. O PSD, por sua vez, não apresenta um nome, mas suas bases falam do vice Otto Alencar. Agora, o natural mesmo é que a candidatura seja do PT e o nosso apoio, evidentemente, é ao governador e ao projeto político que o governador leva na Bahia. Agora, isso é diferente de um entendimento na esfera federal. Na Bahia já está resolvido, enquanto no âmbito nacional, não. Estamos aguardando espaços e gestos da presidente Dilma”.

Quando questionado sobre a força do nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa, como o provável representante do PT na disputa da sucessão do governado Jaques Wagner, ele se esquiva e prefere não antecipar o nome faltando mais de um ano para a eleição.

“Eu penso que a candidatura majoritária não pertence exclusivamente a ninguém. Nem mesmo ao próprio governo. A campanha no estado é de coordenação geral da base, e quem coordenar melhor ganha. Mas eu não tenho clareza ainda sobre esse processo. Evidentemente que eu não posso avaliar se Rui Costa, Luiz Caetano, ou o José Sérgio Gabrielli ou o senador Walter Pinheiro seriam o melhor para construir a convergência. Espero que esteja todo mundo unido, pois quando o PT uniu, venceu duas vezes, mas quando dividiu, perdeu”.

Sobre a força da bancada de oposição na Bahia, o nome do peemedebista Geddel Vieria Lima é observado com atenção por parte do pedetista. “Geddel é um politico experiente, trabalhador e muito habilidoso. Na campanha passada houve um duplo palanque, o que dificultou e muito para ele e para quem estava na sua base. Tem ainda o prefeito ACM Neto, recém-empossado. Mas eu acho que está muito cedo para ele deixar o mandato para o qual foi eleito. Tem ainda a senadora Lídice da Mata, do PSB. Com a candidatura do Eduardo Campos nacionalmente, o partido será obrigado a ter um candidato competitivo na Bahia e pode até repercutir numa aliança com Geddel, ou não”.

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