A decisão da prefeitura de cortar o ponto dos servidores municipais em greve há 10 dias teve, segundo o poder público municipal, anuência do sindicato da categoria. A entidade, porém, desmentiu oficialmente a informação e argumentou que jamais teria entrado em acordo com a prefeitura para punir colegas sindicalistas em um movimento reivindicatório. “Jamais um sindicato faria um acordo desses. A primeira coisa a ser negociada em qualquer greve é o abono das faltas dos grevistas e isso não é diferente com a gente. O servidor não tem medo de ameaças da gestão municipal, que está tentando coagir o trabalhador e desmobilizar e dividir a categoria”, argumentou o presidente do Sindseps, Everaldo Braga. Segundo ele, a prefeitura tentou qualificar o movimento como ilegal, mas a greve está amparada na lei e que a atuação do Município é “ditadura”.
A greve continua após o sindicato recusar uma proposta de aumento de 6,59% com pagamento em duas parcelas ainda este ano. De acordo com o secretário de Gestão, Alexandre Paupério, o corte de ponto foi combinado durante a mesa de negociação com os servidores. O gestor diz ainda que a prefeitura não tem como flexibilizar mais do que isso porque chegou ao limite do caixa.