O helicóptero que o governador Jaques Wagner usa para cruzar o estado em missões oficiais e outras nem tanto foi motivo de discórdia entre dois adversários políticos nesta segunda-feira na Bahia. Heraldo Rocha, presidente municipal do DEM, e o deputado estadual petista Joseildo Ramos trocaram farpas via assessorias de imprensa ao longo do dia e contribuíram no “esquente” pré-Dois de Julho.
O argumento de Rocha é que o governador deveria vender o helicóptero para ter uma forma de economizar na gestão e ter mais dinheiro para investimentos. Ele citou o exemplo do governador paulista Geraldo Alckmin, que fez a venda do veículo e extinguiu 2.036 cargos comissionados para custear a queda do transporte público.
“Enquanto o governador Alckmin dá respostas práticas às ruas, que cobra a melhoria dos serviços públicos e a aplicação correta e responsável do erário, Wagner não está nem aí para o sofrimento do povo baiano nos engarrafamentos, passeando pra tudo que é lugar de helicóptero, passeios que custam milhões de reais por ano”, criticou. Heraldo Rocha listou ainda que o governador aumentou o número de secretarias de 19 para 30 e não promoveu a eficiência da máquina.
Em resposta à provocação, Joseildo Ramos recomendou de volta ao vice-presidente do DEM baiano que leve ao prefeito ACM Neto a proposta do Movimento Passe Livre de diminuição das passagens de ônibus. “Por que ele não recomenda ao prefeito a redução da passagem de ônibus? São palavras de quem faz política com factóides. O ex-deputado poderia reservar o tempo que tem disponível para ajudar o prefeito a reduzir a tarifa“, respondeu.
O ex-prefeito de Alagoinhas ressaltou também que Alckmin não deve ser endeusado por ter vendido a aeronave, uma vez que o fez para poupar a própria vida diante da avançada idade do helicóptero. Além disso, o tucano costumava buscar os filhos na escola com o equipamento estadual. Por fim, debateu que a oposição deveria estar apoiando o desejo de plebiscito da presidente e que só escuta o que o povo diz quando lhe é conveniente.
