Política

2 de julho: Gabrielli viu Wagner sofrer mais ano passado

Imagem 2 de julho: Gabrielli viu Wagner sofrer mais ano passado
Secretário de Planejamento diz que 2012 foi muito pior com greves para o governador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/07/2013, às 07h32   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O político que mais sofreu com vaias e apupos da população durante o 2 de Julho deste ano foi o governador Jaques Wagner. Desgastado por tabela devido às manifestações e a queda de popularidade de Dilma Rousseff – além das próprias questões acumuladas ao longo dos anos -, o governador do estado passou calvário até o final do percurso cívico em Salvador, mas se salvou vivo e ileso. Entretanto, o secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, enxergou outra realidade.

Em 2012, o governador vinha de dois grandes desgastes públicos que tiveram repercussão nacional à sua imagem: as greves da Polícia Militar e dos professores da Rede Estadual. Incapaz de negociar de maneira perfeita, viu os trabalhadores endurecerem fileiras e deixarem serviços imóveis durante semanas – mais de 100 dias no caso dos educadores – e, quando chegou o teste de fogo das ruas, a população não perdoou. Este ano, para o gestor, é bem diferente.

“Acho que o ano passado teve mais manifestação do que este ano. As manifestações refletem uma grande inspiração da população para mudar o quadro político do país. Para melhorar a educação, a saúde e a mobilidade. Estas três coisas, mais o quadro político, têm resposta. A resposta para a política é fazer a reforma política que aumente a representação popular, que acabe com o financiamento privado para as campanhas e que tenha ações efetivas contra a corrupção. Melhoria da educação e da saúde tem que ser feita aumentando o volume de recurso e gestão. A questão da mobilidade é mais complexa porque envolve a cidade, mas o governo está fazendo”, argumentou o secretário.

Segundo Gabrielli, há uma série de investimentos viários ativos hoje em Salvador, a exemplo da duplicação da Pinto de Aguiar, a 29 de Março e a construção do complexo de viadutos do Imbuí e também em Narandiba para justificar a preocupação da gestão Wagner com o assunto da mobilidade na capital. Além disto, citou também a Ponte Salvador-Itaparica e o metrô como soluões a médio e longo prazo.

Diante de investimentos não-imediatos, o ex-presidente da Petrobras não reclamou que o reconhecimento ao governo petista será feito em um tempo futuro, quando as obras forem integradas e desfrutadas no cotidiano. Para ele, há realizações o suficiente na atualidade para que se perceba que há trabalho de valor e reconhecido no dia-a-dia dos baianos. “O fato de haver manifestações hoje não quer dizer nada porque é parte da democracia. Estamos vivendo um exemplo de democracia, que aliás foi a expressão do 2 de Julho”.


Veja aqui imagens do desfile

Publicada no dia 02 de julho de 2013, às 15h12

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