Política

Oposição entrará com ação alegando inconstitucionalidade da reforma tributária

Imagem Oposição entrará com ação alegando inconstitucionalidade da reforma tributária
Decisão foi tomada após reunião do grupo na tarde desta terça-feira (16)  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/07/2013, às 11h26   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Como se já não bastassem o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento e Uso do Solo (Louos), mais um projeto aprovado pela Câmara Municipal de Salvador pode ser judicializado. Esta é a ideia da bancada da oposição da Casa, que, após reunião na tarde desta terça-feira (16), decidiu entrar com ação junto ao Ministério Público da Bahia para que seja considerada inconstitucional a proposta do Executivo Municipal aprovada pelo Legislativo no dia 6 de junho.



Segundo o líder da bancada da oposição, o vereador Gilmar Santiago (PT), a ação deverá ser ajuizada pelo grupo de vereadores no início da próxima semana. O petista alega que a criação das empresas de economia mista, prevista no projeto da reforma tributária, não é constitucional.

"Consideramos o Projeto de Lei nº 160/2013 inconstitucional porque para criar essas empresas de economia mista precisaria de uma legislação específica. Entendemos que não é possível a criação dessas empresas no âmbito da Secretaria da Fazenda porque isso vai subtrair o verdadeiro papel da pasta, que é arrecadar e administrar as despesas do município", justificou Gilmar Santiago.

Em relação ao veto do prefeito ACM Neto ao artigo que estabelecia a cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviço) de incorporações imobiliárias, Gilmar Santiago diz que o bloco mantém a mesma posição. “A nossa posição foi contrária à emenda proposta pelo vereador Edvaldo Brito, mas ainda iremos debater esse assunto especificamente”, garantiu.

ISS "divide" base

No próprio PTN, partido da base de ACM Neto, ideias divergem em relação à isenção do ISS às incorporações mobiliárias. Antes da aprovação do projeto de lei na Câmara, o vereador Kiki Bispo (PTN), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, foi um dos líderes do movimento "anti-isenção" das construtoras.

Ao Bocão News, o edil revelou que, em reunião com toda a bancada da situação, o argumento utilizado pelo prefeito ACM Neto conseguiu convencer os vereadores que ainda resistiam.

"Tenho a minha posição em relação ao ISS. Acho que o município possui uma baixa arrecadação e não poderíamos abrir mão. Mas o prefeito ACM Neto, em conversa com toda a sua base, alertou para a possibilidade de judicialização de mais esse projeto. Já temos o PDDU e a Louos nesta situação. Só por isso, recuamos, mas continuamos com a mesma opinião", declarou Kiki Bispo. 

Já o vereador Tiago Correia, também do PTN, comemorou a decisão do prefeito de vetar o artigo que estabelecia a cobrança de ISS de incorporações imobiliárias.

"Ao lado do turismo, o mercado imobiliário é a grande indústria de Salvador. Quem compra um imóvel também gasta na aquisição de ar-condicionado, piso, móveis e eletrodomésticos, por exemplo. Felizmente, o prefeito ACM Neto tomou a decisão mais correta para o desenvolvimento de Salvador e a criação de mais empregos", opinou Tiago Correia.

Nota originalmente postada às 19h do dia 16


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