Ao participar nesta quarta-feira (26), do programa Balanço Geral, da TV Itapoan, apresentado por Varela, o prefeito de Salvador, João Henrique, destacou a sua ida à Brasília em busca de recursos para aplicar na Operação Chuvas, evitando que ocorra em Salvador uma tragédia semelhante à da região serrana do Rio que, salientou o prefeito, acendeu a luz vermelha para todo o Brasil.
João Henrique disse ser favorável à prevenção, por isso tem se preocupado em investir em ações que buscam reduzir os riscos. Essa foi a razão, segundo ele, que levou a administração a parar duas das quatro cabines do Elevador Lacerda que apresentaram fissuras e representavam, assim, risco aos usuários.
De acordo com o prefeito, a administração teve a coragem de parar para fazer o serviço, mesmo sabendo do desgaste que sofreria e prejuízo à imagem da cidade, principalmente devido à época, quando Salvador recebe centenas de turistas e a deficiência no funcionamento do equipamento - cartão postal de Salvador e importante ligação entre as cidades alta e baixa -, torna-se negativa.
A mesma justificativa foi dada pelo prefeito para explicar a paralisação do Plano Inclinado Gonçalves, que não funciona há mais de três meses. O prefeito disse que o conserto demora porque as peças de reposição não são encontradas na Bahia e a prefeitura aguarda a chegada.
Surpreendeu a declaração de João Henrique confessando que não acompanha os jornais, pois seu tempo é curto e ele precisa maximizá-lo. “Não leio jornal. Prefiro programas como o seu em que a informação é mais instantânea”, afirmou João Henrique, admitindo assim desconhecer as notícias veiculadas pela mídia impressa.
O prefeito se esquivou de falar de política, assinalando estar mais preocupado com a gestão da cidade. No entanto, respondendo pergunta de Varela, disse que seu rompimento com o PMDB, partido do qual pediu desligamento, se deu em função de a legenda ter assumido a posição de oposição ao governo do estado. “Seria impossível preparar a cidade para a Copa de 2014 estando na oposição sem contar com o apoio do governo do estado”, explicou João Henrique, numa clara demonstração de que não consegue separar o institucional do político.
O chefe do Executivo municipal admitiu, ainda, que não há equilíbrio entre a receita e a despesa de Salvador, ou seja, a administração gasta mais do que arrecada. Essa teria sido, inclusive, uma das razões que o levou a promover a reforma do secretariado, buscando maior afinidade, eficiência e integração da sua equipe, segundo salientou.
De acordo com o prefeito, a mudança operada no secretariado municipal teria surtido o efetio desejado. "A afinidade e a integração agora são maiores. Os secretarios se falam mais, discutem suas ações uns com os outros", festejou João Henrique.
