Balançado politicamente após uma condenação recente na Justiça, o ex-prefeito de Camaçari e pré-candidato ao Governo do Estado Luiz Caetano (PT) disse que já está acostumado a ser "injustiçado" em determinadas questões relativas ao seu mandato encerrado em 1º de janeiro. Na última quarta-feira (24), Caetano circulou normalmente nos ambientes petistas que receberam a presidente Dilma e o ex-presidente Lula para um seminário do partido e garante que a situação não o abala.
“Estou tranquilo porque na verdade o Ministério Público cometeu um erro ali, um engano. Eu apresentei o projeto e ele foi aprovado pelo Ministério Público estadual e pelo tribunal de Contas da União. Então isso nós vamos reverter, como já reverti da outra vez, e tenho certeza que as cosias vão ficar esclarecidas diante da opinião pública”, declarou ao Bocão News. Para o ex-gestor, quem “está crescendo” sofre marcação cerrada naturalmente e que a situação não tira seu foco. “Quem está crescendo leva porrada”.
Caetano foi condenado pela Justiça por contratação de uma fundação para fazer estudos ferroviários sem licitação quando era prefeito de Camaçari. O convênio foi feito no ano de 2005 com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável (Fundese), no valor de R$2 milhões, sem licitação. O então presidente da fundação, Ivan Durão, tornou-se presidente a empresa de limpeza da cidade, a Limpec. O ministério Público Federal entrou na Justiça contra a suposta irregularidade e houve o entendimento de que a dispensa de licitação não se justificava, o que causou a condenação.
Tanto Caetano quanto Durão foram condenados a ter uma indisponibilidade de bens de até R$ 2 milhões cada, valor do contrato celebrado. Em sua defesa, o ex-prefeito disse que há relatórios técnicos que revelam a necessidade da dispensa de licitação e que todo o processo foi feito com lisura. A denuncia original foi feita pela oposição em Camaçari em 2007.
Publicada dia 26 de junho, às 15h31
