Uma cerimônia ocorrida na manhã desta quarta-feira (31) no Solar Boa Vista marcou a transmissão do cargo de secretário de Educação de João Carlos Bacelar para Jorge Khoury. Sorridentes, ambos trocaram elogios, despedidas e boas-vindas, ignorando o clima de mistério que cerca a saída de Bacelar da pasta que assumiu ainda no governo João Henrique.
Em discurso, Bacelar ressaltou os feitos da gestão, a coragem dos funcionários da secretaria para assumir a “missão da Educação” e até mesmo os diálogos com a APLB – sindicato dos professores -, os quais classificou como “democráticos”. Aproveitou também para exaltar a relação pessoal que tem com o prefeito ACM Neto e disse aprovar os sete meses de gestão até agora à frente da cidade.
Desta maneira, Bacelar garantiu que continua aliado do governo municipal e o convocou a contar com seu apoio agora estando na Assembleia Legislativa. “Prefeito, quanto a mim, fique tranquilo. Estaremos ao seu lado na Assembleia e com a nossa bancada na Câmara Municipal para realizarmos ao seu lado as transformações que a cidade precisa. Obrigado, meu querido amigo, e conte sempre comigo”, discursou.
Por sua vez, o novo gestor, Jorge Khoury, analisou suas experiências anteriores como secretário de Indústria e Comércio de Paulo Souto, prefeito de Juazeiro e deputado federal por cinco mandatos e disse que ser classificado para comandar a Educação em Salvador não lhe era nenhum demérito político.
“Estou honrado em assumir a secretaria de Educação no município de Salvador, a terra das minhas filhas, a terra de todos nós”. Ele garantiu que exercerá o cargo com animação, uma vez que também acredita na força da mudança que a educação pode trazer. Já o prefeito ACM Neto saudou a chegada de Khoury como um quadro que tem “grande capacidade de liderança” e força para mobilizar a equipe.
O demista aproveitou também para anunciar que pretende investir ainda este ano 24% de todo o Orçamento na Educação, além de uma conversa ocorrida na noite desta terça (30) com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante. Na audiência, Neto pediu liberação do Ministério para que Salvador possa construir escolas de ensino básico que possam ser erguidas como prédio, privilégio que já foi concedido a Rio de Janeiro e São Paulo.
