O ápice da manifestação do Movimento Passe Livre ocorrida no final da manhã desta quinta-feira (1) foi um ataque à fachada da sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Salvador (Setps). Por volta das 13h45, os estudantes e ocupantes da Cãmara de Vereadores da capital se perfilaram em frente à sede do órgão e atiraram balões com tinta no local. Logo após, picharam diversas frases na parede.
Nas inscrições, os protestantes deixavam clara a insatisfação com a prestação dos serviços e suspeitas de fraudes envolvendo os empresários do setor. Além disto, aproveitaram para dizer “o Setps tá pintado e o prefeito é o culpado”. A polícia, que compareceu em grande número ao ato, não esboçou reação e em nenhum momento tentou impedir o ato.
A postura pacífica dos policiais foi elogiada por diversos integrantes do MPL que participaram da marcha desde a Câmara até o Comércio. “Está vendo? Os policiais não estão aqui necessariamente pra reprimir. Eles também ajudam muito”, disse um deles a um colega após contatos frequentes com o tenente coronel Sérgio Baqueiro, que organizava o esquema policial do protesto.
A manifestação partiu da Câmara após as 14h e seguiu pela Rua Chile, Carlos Gomes, desceu a rua Tuiuiu, no Dois de Julho, e seguiu pela Av. Contorno até o comércio. Na chegadas à sede do Setps, muitos donos de lojas temiam depredações e ameaçaram fechar estabelecimentos, mas em nenhum momento a manifestação demonstrou inclinação a vandalismo.
Mesmo com apenas cerca de 100 pessoas, a passeata do MPL conseguiu fazer bastante barulho e, enquanto atrapalhava o fluxo de carros e deixava muita gente esperando longamente nos pontos pelas conduções, chamou a atenção para a causa. Apesar de haver pessoas impacientes nos pontos por conta da demora, não houve vaias e em geral quem esteve na região do Centro apoiou o ato nem que fosse com sorrisos ou observando pacificamente.
Publicada no dia 01 de agosto de 2013, às 14h39
