O governador Jaques Wagner comenta em seu programa semanal de rádio, o Conversa com o Governador a posse, nesta terça-feira (20), dos sete membros da Comissão Estadual da Verdade, que vão trabalhar investigando, em território baiano, episódios que aconteceram, de violência sexual, terrorismo de Estado, tortura e violação de direitos humanos. “A Comissão da Verdade não é nenhuma tentativa de volta ao passado. Ao contrário, é um olhar para o futuro”. Segundo ele, “é preciso conhecer a verdade daquilo que aconteceu naquele período, até para que aquele período não se repita nunca mais”.
O colegiado será vinculado ao gabinete do governador Jaques Wagner e à Fundação Faculdade de Direito da Ufba. O primeiro passo será o convênio com a Comissão Nacional da Verdade, com o objetivo de trazer informações sobre baianos vitimados em outros estados, a exemplo do engenheiro Jorge Leal Gonçalves.
A comissão vai ter atribuição de convocar pessoas para depor. O colegiado também vai trocar informações com o Comitê Baiano pela Verdade e as comissões nacionais da Anistia e de Mortos e Desaparecidos. O grupo foi instituído no dia 17 de maio deste ano, por meio do decreto 14.483 e teve seus membros nomeados em 12 de julho.
A Comissão da verdade baiana é a 18ª a ser instalada entre os 27 estados. Equipe vai se debruçar em seis grupos de trabalho: ditadura e estrutura de repressão na Bahia e no Sistema Judiciário; A Repressão dos Trabalhadores e no Sistema Judiciário; O Papel da Igreja durante a Ditadura; Torturados, Mortos e Desaparecidos durante a Ditadura; Os atingidos, Presos e Cassados e a Repressão na Área Cultural, Movimento Estudantil e Imprensa.
