Política

Zé Neto desafia oposição a comparar governo Wagner com Paulo Souto

Imagem Zé Neto desafia oposição a comparar governo Wagner com Paulo Souto
Petista sai em defesa de Carlos Martins: foi um Guerreiro   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/08/2013, às 13h48   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O líder da bancada governista na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), José Neto (PT) desafiou o deputado estadual Carlos Gaban (DEM) a comparar os números das gestões do governador Jaques Wagner (PT) com as do ex-governador Paulo Souto (DEM).

Indignado com as insistentes acusações feitas pelo democrata ao ex-secretário da Fazenda, Carlos Martins, atual presidente da Companhia de Trens de Salvador (CTS), o petista partiu para o ataque. “Martins foi um guerreiro, não foi só um secretário. Pegou o pior momento do Estado, fruto da péssima gestão deles (Democratas) e conseguiu a arrumar a casa”.

Ao enaltecer o correligionário, Zé Neto traz à baila o quadro que, segundo ele, foi deixado como legado pelas administrações anteriores à de Wagner. “Estes caras deixaram despesas de R$ 360 milhões de restos a pagar. Faturas vencidas na ordem de R$ 100 milhões do Planserv, que estava praticamente falido”.

O petista garante ainda que o rombo na Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) era de R$ 1.2 bilhão. Precatórios na ordem de R$15 milhões ao ano. “Isto tudo sem contar com o apadrinhamento político. O comprometimento da dívida com a receita era 1.6% em 2006, mais de três vezes a nossa que está em 0.5%”.

De acordo com Zé Neto, não se trata de negar o momento de dificuldade que o governo estadual está passando, mas não se pode negar que a crise se faz presente em todos os estados brasileiros, no governo federal e é mundial. “Mesmo com todas as dificuldades, eu diria que a Bahia está entre os quatro estados brasileiros de melhor condição fiscal”.

Para Zé Neto, não se pode ignorar o fato de que estados como Pernambuco, Paraná e Ceará estão em crise. “Os estados utilizados como parâmetro por eles (oposição) estão enfrentando dificuldades maiores que a gente. Minas Gerais, administrada pelo PSDB teve que passar por arrocho. Cortar secretarias não foi opção. Aqui não tem ninguém desesperado. Reconhecemos os desafios, o momento é de manter os pés no chão e a cabeça no lugar”.

À reportagem do Bocão News, durante a breve sessão desta terça-feira (20) na Alba, Zé Neto não se estendeu no assunto. No entanto, sabe-se que na segunda-feira (19) foi realizada uma reunião do conselho político do governo, com representantes dos partidos da base aliada, para discutir os cortes. Exonerações serão necessárias e, certamente, a tarefa de redução de danos não será das mais simples.

Sobre as insatisfações vindouras, o líder governista prefere a máxima que diz: cada dia com sua agonia. Contudo, reconhece que haverá desgaste, mas pondera que o governo não pode ser pautado por isso. A condução do processo está a cargo de Jaques Wagner e, conforme Zé Neto, é possível minimizar os efeitos negativos das demissões.

O quantitativo das exonerações não foi revelado.

Nota originalmente postada às 22h do dia 20


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