Geddel fica na Caixa, ao menos, por enquanto

Publicado em 31/08/2013, às 09h49 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)

Ganhou força nas últimas semanas a informação de uma eventual saída de Geddel Vieira Lima (PMDB) da vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. O cacique peemedebista, em contato com a reportagem do Bocão News, negou qualquer movimentação de iniciativa pessoal neste sentido.

Contudo, o ex-ministro da Integração Nacional não descarta a possibilidade. “De minha iniciativa não houve nada. O cargo não é meu. É do partido a nível nacional. Pessoalmente enquanto não tiver clareza do cenário não sairei. Mas tudo pode acontecer. Não tenho amor ou apreço a cargo”.

Quando se refere a “clareza”, Geddel projeta a eleição para o governo do estado de 2014. Embora a experiência de 2012, quando se falou muito em ‘união das oposições entorno de uma candidatura única para prefeitura de Salvador’ e o PMDB teve candidato próprio e o DEM lançou ACM Neto.

O peemedebista é pré-candidato à sucessão de Jaques Wagner. Integra uma ala do PMDB que vem torcendo o nariz para o governo federal. Já defendeu, em outras ocasiões, a necessidade de a legenda voltar a se projetar como protagonista em chapas majoritárias, inclusive, para o cargo máximo da República.

No entanto, a relação entre os partidos no plano federal não está na agenda de Geddel. O que ele deixa claro é que vai permanecer no cargo enquanto tiver condições de fazer “um trabalho que traga benefícios para a Bahia e para o país”.

Outro fato que pode tirar o postulante ao governo estadual do cargo é a extensão de uma política de contingenciamento ainda em estudo que vai limitar os recursos da Caixa Econômica para financiamentos a empresas. Neste caso, a função de Geddel ficará esvaziada e, portanto, sem projeção.

Ainda tem água para passar debaixo da ponte, mas em política, como o próprio faz questão de ressaltar: tudo pode acontecer.

Nota originalmente postada às 15h do dia 30

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