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Jogadas ao léu, estações de transbordo aguardam transferência de gestão

Imagem Jogadas ao léu, estações de transbordo aguardam transferência de gestão
Enquanto isso, a população amarga os precários serviços de transporte da capital  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/09/2013, às 06h24   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Os mais de 700 mil usuários das estações de transbordo de Salvador deverão aguardar, pelo menos até o início do ano que vem, para ver melhorias nas plataformas. Em abril deste ano, a Prefeitura de Salvador assinou o termo de transferência administrativa, junto com o metrô, para o Governo do Estado, que passará a gerir a Pirajá, Mussurunga e Iguatemi a partir do dia 22 de outubro. Até lá, quem amarga os precários serviços do transporte da capital é a população.

A ação previa melhorias estruturais dos locais, mas até então, os soteropolitanos percorrem um caminho angustiante, convivendo com sujeira, abandono, insegurança e o descaso do poder público. Tanto a prefeitura quanto o governo devem entregar as estações da Lapa, Pirajá e Mussurunga à iniciativa privada, o que também não deve ser tão rápido quanto a população necessita. Enquanto isso, as plataformas definham, jogadas ao léu.

A intenção do poder público é transformar os espaços em locais modernos, economicamente viável, muito além de uma estação de chegada e saída de ônibus. O secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, afirmou, na época da transferência, que as plataformas seriam como shoppings, a exemplo dos aeroportos brasileiros. De acordo com o prefeito ACM Neto, o projeto de concessão já está praticamente pronto, mas ainda não foi encaminhado para votação na Câmara de Vereadores.


Na Estação Pirajá, a segunda maior da capital, as principais reclamações dos usuários são a falta de segurança e higiene, além dos rotineiros atrasos de ônibus. Na Lapa, as escadas rolantes continuam sem funcionar, a iluminação é precária, os banheiros estão fechados e quando chove, as inundações são constantes. Não é diferente na Iguatemi e Mussurunga.

A Lapa é a única que ficará sob a administração municipal e que está passando por um processo de intervenções com recursos de R$ 1,6 milhões. Pirajá, Mussurunga e Iguatemi não terão obras para reforma e revitalização até a transferência. Mesmo com as reclamações dos passageiros e dos rodoviários devido à falta de limpeza dos banheiros, a Transalvador garante que a manutenção dos ambientes é realizada diariamente.

Em nota, o órgão afirma: “para estas estações, está rotineiramente sendo feita a limpeza, além de reparos nos banheiros e pintura em alguns locais. A denúncia foi encaminhada à Gerência de Equipamentos Urbanos e demais setores envolvidos, para que sejam intensificados os serviços de limpeza e reparos mais urgentes”.


A revitalização das estações de transbordo está inclusa no projeto de construção do metrô. O trecho até Pirajá deve ser entregue em dezembro de 2014 e será necessário esperar esta conclusão para iniciar a nova etapa que só ficará pronta entre 18 e 24 meses depois. E para a Linha 2, novas plataformas serão construídas – Retiro, Rodoviária, Pituaçu e Cajazeiras – sob a administração do governo do estado.

A reportagem tentou contato com o secretário Aleluia, para explicar as atuais condições das estações, mas até o fechamento desta matéria não oteve sucesso.

Publicada no dia 04 de setembro de 2013, às 16h07

Classificação Indicativa: Livre

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