PMDB é, em tese, oposição na Câmara

                                                 Fotos: Edson Ruiz/Bocão News

Em 19 de janeiro deste ano, a executiva estadual do PMDB afastou o prefeito João Henrique do partido e orientou a bancada na Câmara Municipal a não dar suporte ao governo no Legislativo. Entretanto, sabe-se que os vereadores têm ligações com o poder  que vão além das determinações partidárias.

Nesta terça-feira (01), o Bocão News procurou o líder do partido na Casa, Pedrinho Pepê, para saber se a bancada seguirá as orientações de Lúcio e Geddel Vieira Lima ou se vai permanecer “em cima do muro”. “Estamos do lado da imprensa e do povo”, disse em tom de pilhéria.

O vereador Alfredo Mangueira (PMDB), considerado um dos mais influentes da Câmara, não repetiu o gracejo do correligionário, mas reiterou que vai seguir com afinco as determinações da executiva. “Sou um homem de partido e vou respeitar tudo o que ficou acertado. Cada um tem sua forma de agir, mas vou seguir tudo o que for determinado pelo meu líder. Estamos fora da base aliada, isso é fato”, observou.

Apesar das palavras dos peemedebistas, o que se viu na última sessão foi justamente o contrário. Primeiro, o prefeito ficou recolhido no gabinete do presidente Pedro Godinho (PMDB) durante todo o dia, inclusive almoçou no local e permaneceu lá até o início da noite. Portanto, a proximidade entre os dois extrapola a teoria da boa relação entre os poderes.

Além disso, durante todo o tempo que esteve na sede do Legislativo, João Henrique foi ciceroneado por integrantes do seu antigo partido, como comprova a foto acima, onde se vê Mangueira abrindo caminho para que ele chegasse até a sala reservada.