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Hospital Manoel Vitorino: a posição do Sindisaude é preconceituosa, diz Solla

Imagem Hospital Manoel Vitorino: a posição do Sindisaude é preconceituosa, diz Solla
Processo de licitação foi iniciado nesta terça-feira (10)  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/09/2013, às 09h29   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Nesta terça-feira (10) foi dada a largada no processo licitatório do que a secretária de Sáude do Estado da Bahia (Sesab) chama de terceirização do serviço público. Desta vez, o hospital que poderá ter a gestão sob comando de uma empresa privada será o Manoel Vitorino,  um dos mais tradicionais da rede pública do Estado, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador.
Porém, este processo aplicado pela Sesab é alvo de críticas e condenado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde). "É uma verdadeira irresponsabilidade entregar o patrimônio público do Estado", afirmou ao Bocão News a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Inalba Cristina.
Para o sindicato, vai haver uma inversão. "Ao invés da rede privada ser complementar, ela vai passar a ser a principal fonte de atendimento da população. Hoje, o que tem acontecido, é que os hospitais que são públicos, o estado esta passando para a gestão privada. O setor privado tem uma visão diferente. Ele tem que visar o lucro, porque ele faz um investimento", afirmou Inalba em entrevista realizada na Rádio Metróple, na manhã de hoje.
Mas, em conversa com o site Bocão News, o secretário de Sáude, Jorge Solla explica que o processo não é privatização. "É um processo de contratação de uma organizão social para a gestão da unidade. E quero antecipar que se nós não lançássemos mão de várias estratégias de gestão, nós não teríamos abertos cinco novos hospitais durante nesse 
governo Wagner. Inclusive um deles é em parceria público privada, que é o Hospital do Subúrbio - único hospital com 
creditação, com certificado de qualidade no Norte-Nordeste. Um hospital público que conseguiu este certificado. E é um hospital público que conseguiu esse certificado pela qualidade dos seus serviços. Então é mais um preconceito. Da mesma forma que as entidades médicas tem um preoconceito contra médicos que vem do exterior, a posição do Sindsaude é uma posição conservadora e preconceituosa", afirmou.
Quando questioando sobre o por quê de tantas manifestações contrárias ao assunto e sobre a falta de concordância entre Governo e sindicato já que o próposito, segundo o gestor, é melhorar a sáude p´blica e oferecer mais serviços à população, Solla diz entender que é um modelo diferente. Mas, questiona: Por quê o sindicato insiste nessa questão? Eles acham que spo existe um modelo de gestão da saúde pública. Entendemos que existem vários  modelos de gestão e a gente já utiliza a combinação deles para alcançar os melhores resultados possíveis. Por isso que o SUS é tao eficiente, apesar de muita gente reclamar, porque ainda se faz muito pouco. Mas, não tem nenhuma outra política que seja viável por exemplo, de com apenas R$ 1,98 por habitante por dia você poder ter o maior programa de vacinação do mundo e o mais transparente programa público do mundo. Apesar disso, temos que fazer mais, avançar mais e preciso de mais recursos humanos e, obviamente, que a população e a sociedade reconheça o patrimônio que é a saúde pública do nosso país", pontuou.

Postada às 19h13 do dia 10 de setembro

Classificação Indicativa: Livre

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