Ao menos 42 deputados federais, cerca de 8% da Câmara, vão se licenciar para assumir cargos em governos e ministérios. Com 10 nomes, o PSDB é o partido com o maior número de eleitos que vão ou já se licenciaram. Na sequência estão PT com nove e PMDB com sete.
Entre os petistas, quatro foram nomeados ministros: Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Iriny Lopes (Políticas para as Mulheres), Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). Quatro dos 13 deputados federais eleitos pelo PSDB em São Paulo também deixam o mandato para o suplente: Emanuel Fernandes, Edson Aparecido, José Aníbal e Júlio Semeghini.
Para cientistas políticos, esta postura contribui para a degradação da imagem da Câmara perante a sociedade, mostra que a prioridade é chegar ao Executivo, usando a cadeira na Casa como ponte. Mas, os parlamentares que conseguem migrar passar a ter poderes a mais nas mãos, que podem servir de instrumentos para fortalecer vínculos e ampliar a base de eleitores, além de se aproximar de poderes econômicos e aumentar influência dentro do partido.
