Política

PCdoB nega ser “partido satélite” do PT

Imagem PCdoB nega ser “partido satélite” do PT
Comunistas fizeram convenção estadual e sustentaram plano de crescimento  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/10/2013, às 12h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Com 91 anos de idade, o PCdoB não é do tamanho que seus filiados desejariam que ele fosse, talvez por isto, vive dificuldades para assumir o protagonismo político que a experiência talvez o reservasse. Apesar de reconhecerem este fato, os filiados baianos da sigla sustentam que não existe relação de subserviência com o PT e que os comunistas não são nem nunca serão um “partido satélite” dos petistas.
Nos últimos anos, o PCdoB experimentou o gosto amargo de ser aliado de primeira hora do PT, mas sem jamais contar com a correspondência proporcional que os filiados esperavam. O último exemplo foi o abandono da candidatura de Alice Portugal à prefeitura de Salvador ano passado em prol da terceira tentativa de Nelson Pelegrino. Em troca, foi oferecida a vaga de vice na chapa, mas com a derrota no pleito, os comunistas se enfraqueceram na Câmara de Vereadores.
Apesar dos problemas, correligionários refutam a hipótese de apequenamento do partido em relação ao PT e defendem o projeto partidário comunista. Para o titular da Secopa estadual, Ney Campelo, o grupo também tem sua parcela de culpa no processo pois precisa se esforçar para ter quadros mais qualificados para buscar a musculatura suficiente para chegar ao protagonismo. O caminho, para isto, é estabelecer alianças e, usando este recurso, buscar o poder e divulgar suas ideias.
“O PT sempre foi e será um importante aliado, mas pode ser um aliado com o protagonismo do PCdoB e não necessariamente com o protagonismo presente do PT”, refletiu. Exatamente por conta da incapacidade de ser protagonista e com forças partidárias desequilibradas, o secretário atesta que Alice Portugal perdeu a indicação à candidatura no ano passado.
Já o deputado estadual Álvaro Gomes defende que o PCdoB tem episódios atuais de protagonismo e dá o exemplo de Flávio Dino, que tem grandes chances de conquistar o Governo do Estado ano que vem. Ele defende que a eleição será simbólica por ocorrer no estado da família Sarney e prova que a experiência comunista no Brasil tem potencial para alcançar massas maiores.
Na Bahia, apesar de não oferecer um candidato como PT, PDT ou PSB, Gomes argumenta que não abre mão de fazer parte do grupo de decisão. Com a soma de dois deputados federais e três estaduais e alianças no interior em que o PT foi o aliado ao candidato majoritário, o partido considera que não pode ser alijado do debate e defende a união da oposição. 
“O que nós defendemos hoje é o projeto que melhorou a vida dos brasileiros e dos baianos. Inclusive debatendo discutindo e colocando que queremos debater a majoritária. Isso não significa rompimento sob nenhuma hipótese. Nós defendemos o projeto, temos nomes e queremos participar da definição, seja em governador, vice ou senador”.
Por sua vez, a vereadora de Salvador Aladilce Souza garante que, longe de ser submisso, o PCdoB tensiona bastante com o PT e que, por conta disto, a respeitabilidade da sigla aumentou. Entretanto, espera que após décadas de apoio, haja enfim gestos de reconhecimento por parte do PT nos processos eleitorais futuros.

Publicada no dia 05 de outubro de 2013, às 19h21

Classificação Indicativa: Livre

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