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Se fosse presidente, Serra diz que Libra já geraria lucro há anos

Imagem Se fosse presidente, Serra diz que Libra já geraria lucro há anos
Tucano criticou leilão do pré-sal mas diz torcer para que modelo se revele positivo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/10/2013, às 10h29   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)



O leilão do Campo de Libra do pré-sal foi fonte de fortes críticas por parte do ex-presidente paulista José Serra (PSDB) em Salvador nesta quinta-feira (24). Segundo ele, caso fosse presidente, a história do leilão teria sido totalmente diferente, desde o início da existência dos novos campos de exploração brasileiros.
O tucano alegou que, caso fosse presidente, não esperaria três anos após a descoberta para tomar uma atitude em relação ao pré-sal. “Se eu fosse presidente, este campo já teria sido objeto de investimentos há três anos. O problema é que tudo anda a passos lentos”, garantiu. Além disto, não faria um leilão do campo e sim manteria o modelo atual de concessões. “Mais simples e rápido”.
Para o duas vezes candidato a presidente, a principal falha do PT de uma maneira geral e não apenas no pré-sal, trata-se da incapacidade de entender que tempo é dinheiro. Ele alega que esperar anos para começar a explorar a riqueza das águas ultraprofundas causa desvalorização do produto e, por causa disto, várias áreas podem sair prejudicadas.
“Tempo é dinheiro tanto para um capitalista privado quanto para um governo”, comparou. Serra disse considerar o leilão um “arranjo” e não uma concorrência, uma vez que não houve outros adversários no leilão para o consórcio vencedor. Mesmo assim, garante que torce para que, no final, o modelo de Dilma se revele o melhor e negou ser do grupo político que torce para o “quanto pior, melhor”. 
PT esqueceu Bahia – Sobre a Bahia, José Serra disse ver que o estado foi “esquecido” pela administração petista, ignorando o grande apoio que o estado deu nas três ultimas eleições vencidas pelo partido. Os campos do investimento em infraestrutura e a segurança pública foram os âmbitos mais prejudicados localmente pela suposta ignorância da administração federal.
“Boa parte dos problemas de segurança aqui (Bahia) vem do tráfico de drogas, vem da cocaína que vem da Bolívia e o Governo Federal não atua firmemente nessa área. A questão do metrô em Salvador, por exemplo. Não é um metrô caro, é uma linha pequena. O governo deveria ter bancado isso, o metrô já poderia estar pronto, funcionando. Eles ficam dando nó em pingo d’água, uma cosia que se arrasta”, declarou.
Apesar dos problemas e da organização do bloco oposicionista e as propostas, Serra negou que haja qualquer definição de nomes e coligações antes de março do ano que vem. Os aliados acreditam que a cautela que os adversário de Wagner adotam neste momento é uma tentativa de não aderir à antecipação da campanha patrocinada pelo governo Dilma.
“Houve uma antecipação muito grande do período eleitoral. A presidente Dilma passou dois anos perplexa com a herança que recebeu do governo anterior, do qual ela participou. E depois passou dois anos fazendo campanha. Cadê o governo? Governar não é só fazer anúncios. Governar é fazer as cosias acontecerem.”

Publicada no dia 24 de outubro de 2013, às 20h13

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