Serra afasta Neto da disputa e chama Wagner de incapaz

Publicado em 29/10/2013, às 06h17 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

A disputa presidencial para as eleições de 2014 está em pleno vapor. O senador Aécio Neves (PSDB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campo (PSB), e a presidente da república, Dilma Roussef (PT), seguem em pré-campanha e o ex-governador de São Paulo (PSDB), José Serra – mesmo com Aécio na disputa – também luta para viabilizar o seu nome para mais uma eleição presidencial.

Em entrevista publicada no jornal Tribuna da Bahia, desta segunda-feira (28), o tucano fez avaliação do governo Jaques Wagner (PT) na Bahia e também ponderou sobre a força do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para reforçar a oposição no Estado.

Perguntado sobre se ele acredita na possibilidade de que Neto deverá assumir uma postura de cabo eleitoral para a oposição, Serra diz não acreditar. “Olha, o prefeito tem que se preocupar com a administração do município. O prefeito não é cabo eleitoral. Agora ele é um homem de partido, um homem de nossa aliança, porque o PSDB e o DEM se uniram em 2010, eu espero que continue, e certamente vai dar sua contribuição. Agora não é o papel do prefeito ser cabo eleitoral, mas dar seu testemunho também político a respeito do que prefere nas eleições, e isso ele vai fazer”.

Serra aproveitou para fazer uma analise sobre o governo Wagner e colocou a Bahia em situação precária. “Dá para perceber uma fadiga do governo encontrando pessoas anônimas na rua, fora a análise. Basta olhar na área de estradas, as BRs que estão inadequadas, estreitas, perigosas. Não houve investimentos em portos e aeroportos. Hoje as mercadorias da Bahia vão para Recife ou para São Paulo porque o Estado não tem um porto digno do desenvolvimento do Estado. A questão da segurança, que tem muito a ver com a droga, e o governo federal é inerte. Tem ainda a questão da saúde”, elenca Serra.

Para finalizar ele também falou sobre obras importantes que se arrastam na capital e no interior sem perspectivas e prazos para a conclusão. “O metrô de Salvador, por exemplo, o governo federal já deveria ter feito, pois o governo do estado e a prefeitura da cidade não tem dinheiro para isso. Outro caso é o da Ferrovia Oeste Leste que não se fez um metro que já deveria ter sido inaugurada, de acordo com as propostas eleitorais de 2010. Quer dizer, o que falta é compromisso e seriedade com o fazer acontecer. Esse é o problema essencial desses governos, que é a incapacidade de fazer as coisas acontecerem”.

Publicada no dia 28 de outubro de 2013, às 10h49

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