Política

Eleição 2014: Neto será protagonista

Imagem Eleição 2014: Neto será protagonista
A costura no campo das oposições não é tão simples quanto parece   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/10/2013, às 13h16   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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A oposição assiste a disputa interna dos petistas que desejam suceder Jaques Wagner de camarote. Com um pouco mais de tempo para mover as peças no tabuleiro eleitoral de 2014, as principais lideranças dos partidos adversários ao projeto político estabelecido vão costurando alianças, caminhando pelo estado e opinando sobre os diversos assuntos da administração pública estadual.

Nas últimas semanas, alguns deputados estaduais saíram em defesa de seus preferidos. Leur Lomanto Júnior (PMDB) declarou apoio a Geddel Vieira Lima. Augusto Castro (PSDB) a João Gualberto. No DEM não faltam entusiastas da postulação de Paulo Souto, que vem se dedicando à análise da conjuntura e disparando artigos na conta do Facebook. José Ronaldo, prefeito de Feira de Santana também recebe apoio.

A conta, contudo, não é tão simples. O prefeito de Salvador, ACM Neto, não vai encabeçar a chapa, mas, embora jovem, é a figura mais proeminente da oposição na Bahia. O papel de Neto no pleito pode não ser suficiente para a vitória, mas sem ele, as chances caem significativamente.

O apoio de Neto tem algumas condicionantes que ainda não estão postas. O projeto, maciçamente divulgado, é fazer uma boa gestão na capital baiana, partir para a reeleição e ser candidato ao governo do estado em 2018. Ora, não é preciso ter bola de cristal para analisar a complexidade da decisão de agora.

Um candidato pode sair com o apoio de toda a oposição neste momento, mas em 2018 dificilmente contará com este cenário favorável para alianças. Quando Neto afirmar que será candidato, o espólio virá e poucos são os quadros dispostos a ficar um mandato só à frente do Poder Executivo. A reeleição desde que foi inventada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é prerrogativa do timoneiro. Neto neste contexto seria candidato e o grupo estaria fadado ao desmembramento.

Entretanto, uma minirreforma política pode sair antes de 2018 e mudar todo o cenário. Existe a discussão sobre o fim da reeleição e a realização de eleições unificadas para mandatos de cinco anos. Se isto acontecer, é esquecer tudo que foi dito e programado e tocar a bola para frente.

Postada às 17h45 do dia 30 de outubro

Classificação Indicativa: Livre

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